Sem Rumo III

Amadora, 07 de Maio de 2008

O desespero chegou para ficar, ontem foi um dia pesado ver alguém amigo a sofrer...custa muito.

O meu desespero vai aumentando, coloco achave mas no correio nada vem. Esta espera está a atrasar tudo, compromissos...e não só, a minha vida. Estou presa por um fio muito fino que tende a quebrar a qualquer momento. Se preciso de palavras? Neste momento não sei de nada, apenas sei que não posso nem quero continuar assim...Mas como mudar, o que fazer?

Hoje fiz um esforço e consegui sair e ir aos correios, uma vitória...e o telefone não toca, sei que ainda é cedo, mas...Preciso que ele toque! Toda a minha vida neste momento depende de uma carta e um telefonema positivo.

Neste moemnto estou sozinha, só penso em coisas más, em como me apetece fazê-las e desaparecer...Não custa nada basta abrir uma gaveta do armário da minha casa de banho...não custa nada...Só me irritava era se não conseguisse o que pretendia, aí seria mais complicado...Encarar tudo a dobrar ou mesmo a triplicar...aí não aguentava mesmo.

Como és estranho esta monotonia, esperar cartas e telefonemas, esperar,...simplesmente esperar...

Nem sei se recebo o telefonema, a carta sei que a qualquer momento chega, agora o telefonema...quero tanto...que até me dói só da espera. Uma monotonia de vida em que estou inserida, por culpa minha, por culpa de uma doença, por culpa de quê?

Erros e mais erros, nada de bom aparece...estou cansada...

Isabel Fontes
Enviado por Isabel Fontes em 07/05/2008
Código do texto: T978537
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