Sem Rumo I

Amadora, 05 de maio de 2008

Este Sábado, dia 3 de Maio, fui há missa de um ano de morte de um amigo meu. Que morreu de repente sem nada que o justificasse.

Ainda hoje não acredito e também não o aceito.

Foi estranho estar numa Igreja, pois não sou católica nem tenho nehuma religião. Tenho a minha Fé e os meus ideais, mas não condeno ninguém pelas suas opções...não me cabe a mim.

Mas estar na Igreja e ver tantas pessoas, umas conhecidas outras amigas e muitas desconhecidas, fez-me pensar na minha vida e como ela está sem direcção.

Mesmo morto, o Paulo aconselhou-me...estranho. Mas senti a sua presença e a rir-se como sempre estava, como era o seu estado de espírito. Uma Alma positiva e cheia de vida.

Já não posso dizer o mesmo da minha vida, não está positiva e muito menos com vida. Está sim cheia de dúvidas, tristezas, angústia, solidão, mas acima de tudo sem rumo, sem direcção.

Desiludi algumas pessoas, mas acima de tudo a mim própria. Sou culpada por tudo o que me tem acontecido e acredito que estou a merecer...Mas o sofrer é pesado quando não se tem ninguém para desabafar...Torna-se um peso insuportável e faz com que se tenham ideias de como desaparecer, de como endireitar tudo...e não consigo, só penso mesmo é em como posso desaparecer?

A minha alma está vazia e sem direcção, está oca e seca.

Hoje estou assim, amanhã...não faço a menor ideia nem de como estar ou se simplesmente estou...

Isabel Fontes
Enviado por Isabel Fontes em 05/05/2008
Reeditado em 07/05/2008
Código do texto: T975555
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