Erros
Me encheram de pecados que eu não cometi
E as minhas opiniões que antes eram intocáveis e tão nítidas me confundem
A capacidade alheia não pode interromper a própria
Por mais que me faça ninguém vê como sou
Se eu mesmo me confundo dentro de mim
Não tente entender por si só
As coisas pesam quando então imundas
O meu forte sei que é a imparcialidade que consigo ter na maioria das coisas
Aprendi a controlar os meus preconceitos
E mesmo assim me odeio por isso
Pois não devia ter nenhum preconceito para controlar
Me desculpe se eu errei
Me condene se quiser
Eu agüento mais do que se possa imaginar
Pois as minhas qualidades se resumem em ver o próximo bem
Difícil mesmo acreditar nisso
Acreditar que o bem do próximo me preocupa mais do que o meu próprio
Uma das palavras mais difíceis de ser usada é “nunca”
E eu posso usá-la ao menos quando digo que “nunca” fui egoísta
Todos somos metade de um
Ninguém é inteiro sozinho
O amor tem tantas caras
Tem tantos jeitos
A gente ama até defeitos
O amor vêm na amizade, na família, no irmão...
O amor acha quem você merece
E procura quem te merece
O amor constrói e destrói
Mas não explica
E nem pede que entenda
Me dê um dia por inteiro que eu te mostro o quanto sou capaz de te fazer feliz
Eu aprendi que em qualquer instante
As pessoas podem ser boas
O jeito é acreditar que as pessoas são assim
As pessoas precisam de alguém que acreditem nelas
Eu regulei as minhas bondades
Não descrevo e nem cobro as coisas boas que fiz
Porque não foi mais que obrigação
Agora os meus erros me perseguem
Eles me torturam e me procuram sempre que tem chance
E me ofendem
Como se nada mais valesse
Tenho mais esperança no mundo do que o próprio mundo pode imaginar
E só preciso de alguém que confie em mim
Mesmo que eu erre
Mesmo que eu esteja sempre errando!