Erros

Me encheram de pecados que eu não cometi

E as minhas opiniões que antes eram intocáveis e tão nítidas me confundem

A capacidade alheia não pode interromper a própria

Por mais que me faça ninguém vê como sou

Se eu mesmo me confundo dentro de mim

Não tente entender por si só

As coisas pesam quando então imundas

O meu forte sei que é a imparcialidade que consigo ter na maioria das coisas

Aprendi a controlar os meus preconceitos

E mesmo assim me odeio por isso

Pois não devia ter nenhum preconceito para controlar

Me desculpe se eu errei

Me condene se quiser

Eu agüento mais do que se possa imaginar

Pois as minhas qualidades se resumem em ver o próximo bem

Difícil mesmo acreditar nisso

Acreditar que o bem do próximo me preocupa mais do que o meu próprio

Uma das palavras mais difíceis de ser usada é “nunca”

E eu posso usá-la ao menos quando digo que “nunca” fui egoísta

Todos somos metade de um

Ninguém é inteiro sozinho

O amor tem tantas caras

Tem tantos jeitos

A gente ama até defeitos

O amor vêm na amizade, na família, no irmão...

O amor acha quem você merece

E procura quem te merece

O amor constrói e destrói

Mas não explica

E nem pede que entenda

Me dê um dia por inteiro que eu te mostro o quanto sou capaz de te fazer feliz

Eu aprendi que em qualquer instante

As pessoas podem ser boas

O jeito é acreditar que as pessoas são assim

As pessoas precisam de alguém que acreditem nelas

Eu regulei as minhas bondades

Não descrevo e nem cobro as coisas boas que fiz

Porque não foi mais que obrigação

Agora os meus erros me perseguem

Eles me torturam e me procuram sempre que tem chance

E me ofendem

Como se nada mais valesse

Tenho mais esperança no mundo do que o próprio mundo pode imaginar

E só preciso de alguém que confie em mim

Mesmo que eu erre

Mesmo que eu esteja sempre errando!

Larissa Matos
Enviado por Larissa Matos em 06/02/2008
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