ESTAR VIVO DE NOVO
A penumbra noturna a fugir do clarear da alvorada
Abrindo então meus olhos para a novidade de mais um dia
Sonhos meus a que neste instante se desvanecem
A fugirem também de minha memória
Junto com os pesadelos sofridos na noite que foi embora
D'onde vieram?
Par'aonde irão?
Sei lá!
Como é bom estar vivo!
E vivo ... de novo!
E, melhor ainda, estar ... novo"
Qual tenro nascimento a se esculpir [em mim] nest'hora
Voo num saboroso – e às vezes ansioso - escuro cujo o destino desconheço (totalmente!)
No silêncio de minha mente tão antes turbulenta
Porém, não mais me amedrontando com os trovões da madrugada
E, assim, longe estou dos medos que outrora me aferrolhavam
Sim, de meus ridículos e infantis medos
Caso perdi alguma coisa
Decerto nunca fora meu
Então, nada em verdade perdi
Já não durmo mais ancorado ao meu passado
A ser perturbado pelo miserável e tolo medo seguir adiante
Apoiada ao que me vejo encontra-se, pois minh'alma
E se o amanhã não me vier,
como a muitos a que hoje e ontem se foram,
Curvar-me-ei à santa vontade da Vida
Somente o agora é que me importa
Sim, só este sagrado "agora"
O único tempo que realmente tenho
O vivo movimento a que neste instante eu "sou"
Mais perto desta hora
Mais perto de mim mesmo
16 de novembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
**********************************
FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
ESTAR VIVO DE NOVO
A penumbra noturna a fugir do clarear da alvorada
Abrindo então meus olhos para a novidade de mais um dia
Sonhos meus a que neste instante se desvanecem
A fugirem também de minha memória
Junto com os pesadelos sofridos na noite que foi embora
D'onde vieram?
Par'aonde irão?
Sei lá!
Como é bom estar vivo!
E vivo ... de novo!
E como é bom estar ... "novo"!
Qual tenro nascimento a se esculpir [em mim] nest'hora
Voo num saboroso – e às vezes ansioso - escuro cujo o destino desconheço (totalmente)
No silêncio de minha mente tão antes turbulenta
Porém, não mais me amedrontando com os trovões da madrugada
E, assim, longe estou dos medos que outrora me aferrolhavam
Sim, de meus ridículos e infantis medos
Caso perdi alguma coisa
Decerto nunca fora meu
Então, nada em verdade perdi
Já não durmo mais ancorado ao meu passado
A ser perturbado pelo miserável e tolo medo seguir adiante
Apoiada ao que me vejo encontra-se, pois minh'alma
E se o amanhã não me vier,
como a muitos a que hoje e ontem se foram,
Curvar-me-ei à santa vontade da Vida
Somente o agora é que me importa
Sim, só este sagrado "agora"
O único tempo que realmente tenho
O vivo movimento a que neste instante eu "sou"
Mais perto desta hora
Mais perto de mim mesmo
16 de novembro de 2024