Rosa do firmamento
Olhos escuros de espelho do corvo de estilhaços de vidro a derramar o cair do oceano junto ao cair do oceano celeste sob a máscara sem face. Coração de papel perdido no dormir e acordar do mar de sonhos em meio ao mar de estrelas. Quebrado fragmentado caindo na ausência de som, sem direção na melodiosa profundidade da canção perdida das almas sós próximas e distantes. Lobo vermelho de papel com armadura invertida de espinhos a carregar sua alma a quebrar, correndo entre fissuras da pintura inacabada, sonha entre momentos um coração escutar. Quimera de lobo de papel e corvo de vidro, criatura estranha sob o mar de pó de estrelas, deitado quebrado entre o anoitecer e o amanhecer, permanecer a se afogar, no sonhar em alcançar uma rosa desprendida do firmamento.