"Sentido" a morrer...

Há uma lógica, a qual, o mundo ocidental, ainda estaria muito preso. Se alguém tiver religião "teria, algum sentido", se tiver dinheiro ou algum outro ponto, a se sustentar em uma espécie de "sentido". É realmente, para sempre nos questionarmos, "precisaríamos de tanto, para viver?", e para morrer bastaria não ter "algum, sentido". Me desfiz, dos sentidos que tantos encontram, pelo imenso medo de cair em um vazio, se não tiverem algo a se apegar. Em lógica ocidental, o prazer seria bom e o sofrimento ruim. Hoje, ainda dizem "é preciso, passar por dificuldades", mas diante a primeira, se afundam na vontade de não existir, pois pensam, que seriam necessariamente ruins. E é como se precisassem, de muitos pontos para conseguirem coexistir, e mesmo quando os têm, ainda irão se alarmar diante do que faltar, e para morrer, faltaria não ter então este ponto faltante. Como se a morte, fosse mesmo a morte, como se o refúgio "escapatório", realmente, estivesse diante a ela. Amor fati, penso sobre Nietzsche, falar, não em um conformismo, é lógico, mas amar os pontos que irão se sucedendo ao longo da vida, e acima de tudo, amar ao sofrimento, nos faz romper, com a lógica ocidental. Muitos, querem amar, ao que gere satisfação apenas, não suportam o vazio existencial, não entendem que as flores, podem estar no sofrimento, no percurso "ilógico"...

As lágrimas, se tornaram ruins...

"E o espetáculo das lágrimas?".

De onde, poderíamos extrair o mais sublime. A ótica, do filosofar...

Mas, precisariam deste sentido, também?

Somente os sorrisos, seriam satisfações?

Do tormento, somente sairia o profano?

E sentir? Sentir, tudo. Somente, sentir...

Achariam, clichê?

Se isto aqui, for uma ilusão, que seja totalmente considerada...

Estamos aqui, não é?

E cuidado, consigo mesmos (em suas existências/inexistentes. Ilusões, concretas...)

Encerro, com uma frase de uma poesia minha...

"É perpétua prisão, naquilo que se confunde com liberdade..."

Muita cautela, até para a "liberdade" de morrer...

Aliás, seria tão livre assim?

Gisele Maria
Enviado por Gisele Maria em 17/07/2024
Reeditado em 21/07/2024
Código do texto: T8108589
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