POETA , O AMOR NÃO EXISTE
Francesco Alberoni, em seu livro "Innamoramento e Amore" (Garzanti, 1982) diz que a paixão é um movimento revolucionário a dois (portanto um ato social e não um sentimento). Enquanto revolução, a paixão separa o que estava unido e une o que estava separado, criando um novo estado, uma nova realidade. A paixão, vive em estado de exaltação, como acontece com toda revolução. A paixão sempre envolve um novo projeto, pertinente à nova unidade formada.
Esse estado é estranho ao interesse das instituições, que então procuram banalizá-lo, institucionalizá-lo, através dos pactos (entre eles o casamento). Sendo a paixão a renúncia ao individual, em favor do coletivo, chega um momento em que o “eu” começa a experimentar a situação como intolerável e procura recuperar a existência. Segue-se então a proposição de uma série de provas (me ama ou não me ama; se me ama fará o que peço) até que se chegue a uma prova que apresente um “punto di non ritorno”, uma prova máxima, um nó que definirá um rompimento (se a prova é rejeitada) ou um novo estado, passagem para outro tipo união institucionalizada, (se a prova é ultrapassada).
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Na vida corriqueira, banal, a amada (inefável), a amante (carnal), a companheira (existencial) a musa (operacional), a amiga (emocional), a colega (profissional) são tipos muito diferentes. Creio que dificilmente todos os aspectos (para o masculino ou para o feminino) estão reunidos numa só pessoa.
Essa é uma visão pessoal, mas creio que a musa (aquela que inspira e estimula a ação criativa) pode operar através dos outros tipos, mas os outros tipos, para o propósito criativo, são inertes sem ela. Ela existe além deles ...
O amor que o poeta procura não existe. O poeta procura a musa para amá-la (e ser amado por ela, “de forma extraordinária”), mas ela nada mais é do que uma abstração das forças criativas que atuam em sua vida. Talvez seja por isso que dizem que o poeta é um fingidor. O amor do poeta nada mais é do que uma abstração.
nilzaazzi.blogspot.com.br
Francesco Alberoni, em seu livro "Innamoramento e Amore" (Garzanti, 1982) diz que a paixão é um movimento revolucionário a dois (portanto um ato social e não um sentimento). Enquanto revolução, a paixão separa o que estava unido e une o que estava separado, criando um novo estado, uma nova realidade. A paixão, vive em estado de exaltação, como acontece com toda revolução. A paixão sempre envolve um novo projeto, pertinente à nova unidade formada.
Esse estado é estranho ao interesse das instituições, que então procuram banalizá-lo, institucionalizá-lo, através dos pactos (entre eles o casamento). Sendo a paixão a renúncia ao individual, em favor do coletivo, chega um momento em que o “eu” começa a experimentar a situação como intolerável e procura recuperar a existência. Segue-se então a proposição de uma série de provas (me ama ou não me ama; se me ama fará o que peço) até que se chegue a uma prova que apresente um “punto di non ritorno”, uma prova máxima, um nó que definirá um rompimento (se a prova é rejeitada) ou um novo estado, passagem para outro tipo união institucionalizada, (se a prova é ultrapassada).
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Na vida corriqueira, banal, a amada (inefável), a amante (carnal), a companheira (existencial) a musa (operacional), a amiga (emocional), a colega (profissional) são tipos muito diferentes. Creio que dificilmente todos os aspectos (para o masculino ou para o feminino) estão reunidos numa só pessoa.
Essa é uma visão pessoal, mas creio que a musa (aquela que inspira e estimula a ação criativa) pode operar através dos outros tipos, mas os outros tipos, para o propósito criativo, são inertes sem ela. Ela existe além deles ...
O amor que o poeta procura não existe. O poeta procura a musa para amá-la (e ser amado por ela, “de forma extraordinária”), mas ela nada mais é do que uma abstração das forças criativas que atuam em sua vida. Talvez seja por isso que dizem que o poeta é um fingidor. O amor do poeta nada mais é do que uma abstração.
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