Esperança
Uma gota de solidão, tocou ao solo alimentado por desprezo.
Sentiu-se tão acarinhada, que assim veio a chorar.
Lembrou de momentos em que a leveza o tocara e deixando-o sádico, escolheu viver só.
Quanta loucura não?
Em uma estada esburacada, ela, a solidão, caminhava só, solitária ( como de costume).
Ja o desprezo, mostrava -se indiferente (isso já era a sua rotina).
Pondo a solidão a pensar...
Entre olhares e lágrimas por beiradas. ela, a solidão, fez-se indiferente.
Respirou fundo, e lá do fundo, encontrou uma luz em meio a escuridão.
Atrás dela o desprezo a ignorava, deixava só, não ligava nem um pouco.
Sem pestanejar, ela, a solidão, foi em direção a tal luz na escuridão.
Sentiu o leve tocar em seu rosto já esquecido e enrugado.
O desprezo, dormia na estrada e pouco se importou com o que aconteceria ali.
Já a solidão, sentiu-se entregue, estava cansada e sentia que era a hora de ir embora.
O toque suave da Luz, deixou-a inquieta.
Fazendo-te tão leve, a solidão enfim, entregou-se por inteiro, já não desejava ser tão vazia.
Havia encontrado companhia... Sua companhia perfeita.
Havia encontrado ao Amor.
No entanto, o desprezo inquieto permanecia.
E via que não adiantou de tanto não ligar. pois, em um dado momento, tudo uma hora cansa de estar tão só e sem luz.
E as memórias sempre serão vivas e vida em algum lugar dentro de nós.
Chanceler crivo