Depois da ansiedade
Naquela tarde falei sobre a angustia melódica que ressoava como um sino de uma catedral em meu peito.
A última petola que caiu da única flor que restou no extremo inverno.
Eu senti o rasgo do pessimismo possuir o pouco de luz do sol que eu enxergava no labirinto da mente.
Eu fui naquele vagão vazio,
com pressa, tentando fugir do frio.
Nadei na água gelada pra poder atravessar em busca de fugir de tudo que pudesse ferir.
fiz uma reza pra tentar salvar o que sobrou aqui, mas já nem sei mais o que sou ou o que me espera. Então, a apatia veio fazer companhia.
Mas como dá pra aceitar o mínimo quando se tem responsabilidade de ser vivo?!
Viver era além de apenas aceitar o que ali eu enxergava.
Respirei fundo e perguntei pro coração o que ele buscava para assim então iniciar uma nova jornada.