MÚSICAS QUE ME MARCARAM

Definitivamente, a música marca momentos e fases da minha vida. Associo uma canção a um acontecimento ou período, e quando ouço novamente a memória é ativada. Consigo lembrar as sensações, pessoas, lugares, tudo. Lembro dos discos que meus pais ouviam quando eu era criança. Meu pai era sertanejo raiz, João Mineiro e Marciano, Milionário e Zé Rico, e por aí vai. Minha mãe ouvia menos, mas marcou pra mim um disco do Abba que ela tinha e eu amava escutar.

Como toda menina que cresceu nos anos 1980, tive minha fase Menudo. Ainda era criança, mas me lembro nitidamente dos quadrinhos que eu tinha colados na parede, e das músicas e coreografias que eu e minhas primas repetíamos em casa.

Logo depois, nos anos 1990, veio a fase New Kids On The Block. Deles eu fui fã mesmo. Eu já havia começado a trabalhar e comprava tudo o que podia deles, revistas, posters, cadernos, acessórios. E suspirava ouvindo as músicas e assistindo aos clips que passavam na Rede Manchete.

Pouco depois me envolvi com esse tal de Roque Enrow, paixão que perdura até hoje, graças a Deus. Era (e ainda sou) fã dos Guns N' Roses, Metallica, Pearl Jam.

Foi no rock nacional que me identifiquei mais, pois sou muito guiada pelas letras, que me despertam e fascinam. Legião Urbana, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, ainda estão nas minhas playlists.

Também me apaixonei por MPB. A primeira música desse estilo que me lembro de ter ouvido foi "A Novidade", do Gilberto Gil.

Quando entrei pra igreja evangélica, ainda adolescente, conheci o rock gospel. Curtia Oficina G3, Katsbarneia, Kadoshi. Depois veio Diante do Trono, cujas letras invadiam minha alma e vasculhavam o que estava no mais oculto, me conduzindo a momentos especiais com Deus.

A maioria dessas músicas, cantores e bandas permanecem comigo, e gosto de ouvi-los constantemente. Dependendo do meu estado de espírito, procuro especificamente por um ou outro. Em geral, deixo no aleatório para que as memórias brotem espontâneamente.

Há outras músicas e bandas que entraram recentemente na minha lista e já ganharam espaço. Em alguns anos escreverei sobre elas. Para este texto, busquei meu repertório mais antigo e significativo. Singelo, simples e meio bagunçado, como as coisas todas em mim.