Alma atormentada
Minha calma aparente
Meu semblante equilibrado
Esconde um espírito inquieto
Que grita, xinga, esbraveja
Tentando quebrar as amarras
Soltar-se e voar sem rumo.
Preciso soltar o peso que me submerge.
Preciso respirar
Estou cada vez mais sem ar.
Ninguém me vê verdadeiramente
Ninguém me nota
Ninguém me entende
Ninguém me escuta
Eu grito por dentro
Caso alguém me visse de fato
Enxergaria através dos meus olhos
O pedido silencioso de socorro.
Meu corpo dá sinais
Ansiedade, falta de sono, procrastinação.
Eu quero paz, apenas.
O cotidiano mata o nosso espírito
“As repetições da rotina diária” suga-nos as forças
Rouba-nos a identidade.
Caminhamos levados pelo acaso e pelo descaso
Pela falta de coragem e pelo medo paralisante.
As mudanças são salutares e necessárias
Mas automatizados não mudamos e perecemos
Quando nos damos conta já se passaram
Horas... dias... semanas... meses... anos... a vida