Cara de bunda

Quando a arte imita a vida que se leva,

Quando a razão se transforma em glúteos,

Quando a autorreferencia é a única verdade,

Os homens se tornam cegos,

E fazem de suas fezes o mais alto gozo.

Então das cabeças somente fezes,

Emporcalhando os caminhos,

Fedendo pelos quatros cantos.

Quando superabunda a bunda,

As caras se transformam no lado obscuro.

Bundas ao alto!

Derradeiro ato do teatro da vida.

Então "eu bundo, tu bundas, ele bunda".

Abundantes bundas!

Assim seremos todos,

Abundantes.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 03/10/2023
Reeditado em 03/10/2023
Código do texto: T7900053
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