A maternidade pela liberdade

O passado mostra conflitos que perduram até o momento atual. Mulheres que necessitavam autonomia, caminhavam em passos lentos, lutando contra uma vida que não era sua, respirando um ar que não traduzia sua vontade. As decisões tomadas se baseavam apenas na pressão da sociedade, negligenciando sua vaidade, extirpando a própria vontade em prol da satisfação alheia.

Os anos foram passando, a mulher ganhando altivez, se apoderando a cada instante, ainda vítima de diversas violências, mas uma luz no fim do túnel surge, revogando pressões familiares, confrontando o machismo desenfreado, cultivando novas vontades, livre para dizer não embora desfragmentadas por leis brandas demais para assassinos cruéis.

Ganhar o próprio salário virou realidade, ser dona de si, empolgadas com as oportunidades, abertura para novos conhecimentos, decisão de não cultivar a maternidade em seus planos ficou viável, virou estilo de vida, uma luz de liberdade, uma voz contrária a sociedade que denomina as vontades do homem como prioridade e, as da mulher, como exagero.

Seja livre para tomar suas decisões, não caia nas falácias cultivadas pela moral imoral do pensamento submisso, de achar que é um ser menor, de entender que tem que fazer o que os outros fazem e, se não fizer, cometeu um erro. O erro é fazer o que não quer, pensar contrário aos atos, pura e simplesmente para satisfazer a vontade do povo que demoniza a liberdade feminina.

Viva respirando seu próprio ar, caminhe com suas próprias pernas e diga sim quando for necessário, use e abuse do não quando achar conveniente. Não se violente para querer ser igual, se igual for desprover seu querer, nunca mais padronize seus atos com base no querer alheio, trilhe um passo por vez com toda sobriedade lembrando que podes ser mãe se quiser e, se não quiser, pode trocar a maternidade pela liberdade.

Zuker