Travessia do Deserto -Maturidade
MOMENTO MARA
E quando percebemos vamos nos tornando um nada de MUITOS vazios. Tentando se moldar aquilo que nunca te preenche porque o seu "Eu" desde a infância não foi formado por você, não foi escolha sua! Quando vemos estamos agradando a todos e esquecendo do principal, de nós mesmos! Com o passar dos anos a fôrma já não é mais adaptável a qualquer situação e a massa já não se encaixa ali, não há espaço e nem vontade de levar esse bolo pra aquecer, porque realmente não é o sabor dos meus sonhos nem a vontade do Deus que me criou! Então vou dando adeus aquilo que nunca me pertenceu de fato, daquilo que não é meu, na verdade nunca foi. Foi sempre um pouquinho de cada, as vezes bom, as vezes ruim, mas, nunca meu! Então aprendi a " julgar todas as coisas e reter o que é bom" o resto eliminei, aliás para que serve os restos se não para ocupar espaços? Estava sobrando! Era massa estragada, retalhos de alguém que não mais quer pertencer a roupas rasgadas de ninguém. Labirintos infindáveis que não te levam a lugar algum. Então me despi e vesti somente a ALMA, a qual protegi de tudo e de todos, ali só tinha lugar pra UM habitar! E todos esses vazios externos tentaram de todas as formas atingi-la mais eu como uma LOBA protegendo seus filhos, a protegi, com unhas e dentes! E sim estou VIVA, vivíssima e apresento a vocês a minha nova versão. Aquela versão que continua amando e vivendo o bem em sua essência; porém não abrindo brechas para NADA negativo entrar, sentar ou fazer morada. Ao longo da caminhada conheci pessoas que se foram, outras permaneceram e outras ficaram pra ocupar espaço que nem lhes pertenciam mais, pois não havia conexão. Agradeço quem abriu mão e se foi, por favor não volte! Agradeço quem ficou por amor, por favor permaneça e sente-se, será sempre um prazer tê-los por perto! E quem ficou por conveniência, interesse, retire-se a francesa pois já não há mais o que fazer aqui. Soltei as amarras, que pra mim eram laços e desatei o nó. Perdi o medo de perder pessoas, perdi todos os medos que eu poderia sentir, me sobrou um único medo, o de me perder de mim mesma! E esse medo eu "agarrarei" para nunca esquecer de onde vim, para que vim e onde quero chegar. ✨Autor: Maria Edileide Lima de Melo.