SORRISO
Muitas manhãs eu acordo e ele já está lá. Abro o olho e ele logo vem. Meu sorriso fácil. Consigo ver a vida boa e sorrio.
Algumas manhãs, no entanto, preciso fuçar no fundo da gaveta para tirá-lo de lá. Empoeirado, amarelado, amassado. São dias que estão mais nublados e é preciso esforço para sorrir.
Às vezes, raramente, não encontro forças para procurá-lo. E deixo-o apagado mesmo, sem brilho. E tudo bem.
Não importa. Todos os dias eu dou um jeito, visto um sorriso e saio para encarar a vida.