QUANDO EU ERA CRIANÇA... NÃO ME DEIXARAM SER. HOJE, NÃO ME DEIXAM REPOUSAR!
QUANDO EU ERA CRIANÇA... NÃO ME DEIXARAM SER. HOJE, NÃO ME DEIXAM REPOUSAR!
Tarcízio Alencar
O coração de um ser humano é território indevassável.
Falo, mas, não digo tudo. Só digo o que quero ou o que me escapa... e volto atrás.
Olho! Mas, apesar de “os olhos serem o espelho da alma”, transverso, sorriu com o choro, choro com o sorriso e, no final, digo: - é besteira!
As pessoas se vão, personagens de um grande teatro – às vezes, circo -, viver também os seus papéis.
No meu, volto para casa, fecho as portas da minha “fortaleza” e abro os meus “cadeados”. O que vejo é a pobreza do meu “mobiliário íntimo”, resultado de tantas intempéries vividas, sofridas, caladas, berradas, aceitas, revoltadas e, ao final, conformadas!
Cada vez que a minha “choupana” diminuía de tamanho, jogava fora “coisas” que julgava de valor, principalmente a esperança.
No caminho, buscando avidamente novidades que há vir após cada curva, encontrei estrada e poeira, terra seca e planta sem verde.
Mas, tem a próxima curva ali adiante... estrada e poeira, terra seca e planta sem verde.
E a gente caminha como se a estrada fosse infinita e as esperanças eternas...
O cabelo branqueia, o rosto mostra as marcas do tempo, as pernas perdem as forças, as alegrias também e, finalmente a gente enxerga o que se recusava a enxergar: a estrada já não é mais tão longa...
E aí, após a última curva, a esperança se renova!
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