Pinceladas
Sob a beleza do dançar de estrelas no oceano celeste noturno, ouvindo o suave uiva dos ventos, deitado em meio ao sonhar caminhando sem direção no céu, perdido na procura do que se perdeu sem nunca ter possuído, coração nublado que tentou alcançar a luz da estrela a lágrimas derramar. Em meio ao cair da chuva, sentado apoiando os braços na perna, enquanto busca repouso em meio ao silêncio ensurdecedor contido na ausência de som, uma alma quebrada se fragmenta por tentar alcançar o coração que se fechou atrás da porta que foi fechada. Caminhando por um momento após o outro, como pinceladas sem direções em um quadro, um rosto sem face permanece tentando não desaparecer, enquanto afunda no queimar de suas asas por tentar alcançar além de muros e pontes quebradas, permanecendo sempre com a alma a sangrar por não conseguir deixar de sonhar que o coração oculto na dor possa alcançar. Lobo de vidro, correndo em meio ao cair de lágrimas do céu, guiado pela luz de um farol lunar no firmamento, sempre a continuar, a no silêncio uivar, a sonhar que a rosa na armadura de espinhos passe ao enxergar. Alguém ninguém de nenhum lugar, permaneça a caminhar, sem nunca deixar de sonhar e talvez consiga fazer com que ao acordar possa seus sonhos encontrar.