MEMÓRIAS
As flores amarelas espalhadas pelo chão, perfumando o ar úmido da manhã.
O cheiro de chuva no fim da tarde quente.
O café com leite e pão na chapa para aquecer a fria manhã.
Bolinho de chuva e risadas no café numa tarde molhada.
O frescor da bala de cereja tão consumida nos intervalos das aulas.
As sombras das mãos brincando à luz de velas numa noite de tempestade.
O livro de história favorito sendo lido e repetido num momento carinhoso de pai e filha.
As corridas com os amigos até o fim da rua pra ver quem chega mais rápido.
As brincadeiras não tão inocentes assim, quando crescemos, mas não deixamos de ser crianças.
São tantas memórias gravadas nas paredes do coração, despertadas aleatoriamente numa conversa com amigos, ou no sabor de outrora, ou no aroma que invade os sentidos.
São memórias que servem de escape, um fôlego em meio à correria que a vida adulta nos impõe.