Aprender a Sentir.
Ser professor, maestro que transgredi a noção de dádiva. Incorpora as vestes de sentimentos alheios que chegam feito turbilhões de emoções diárias. Ser esse ser maléfico, implica em um perdão alheio.
Ser professor é ter seus batimentos cardíacos levados às últimas consequências. Quando foge do santo que lhes impõem, vira um péssimo exemplo para a sociedade.
Ser professor é fazer num domingo o que deveria ser feito na segunda. É dormir a segunda fazendo algo da terça. É ser quem não chora e muito menos quem pode chorar. Um ser em plena transformação.
É essa mutação que incorpora para si, as simbioses alheias, os choros outros. Ao sentir, ele transgride as imposições que estipulam como certas em seu fazer.
Por isso, ser professor é aprender diariamente os limites, os batimentos acentuados, as falas macias por trás das ordens secretas. Esse ser que dizem ser professor encontra os seres em seu ser.
É a mutação que se aprende a ouvir, mesmo não podendo ser ouvido. Ser professor é transferir sinais em ondas sonoras que muitos não ouvem, mas, sentem os efeitos dos sons alheios.