Desamor
Nada move suas raízes
Nada abre os seus olhos
Você degusta do ódio
Foi lhe entregue o vazio
E no vazio você se encontrou
Já procurei achar teus acessos
Estão todos fechados
Já procurei achar empatia e fracassei
Nega o mundo como ele é
Nega o coração ao outro
Se perde nas miudezas
Se delicia do pouco
Não te vejo no espelho
Não te vejo como carne e osso
O sangue é ralo
E não sustenta o desamor