*_ RABISCOS
Escrevo como os poetas antigos, porque minha tinta é a cor da cereja.
O cheiro dos móveis à minha volta
estão impregnados de óleo de peroba
e do couro da poltrona onde me sento.
Assim, a pena desliza por sobre a folha perguntando em cada estrofe onde estarás.
E pela janela sinto o cheiro de pêssego
de tua pele trazido talvez pelo vento ou por obra de criação da minha fértil imaginação...