Nostalgia
Hoje me peguei aqui,
Pensando no passado,
Que de tanto imbróglio,
Tento manter apartado.
Palavras que nunca lhe disse,
Tantas coisas que ficaram por fazer,
Tantas vezes quis abraçar,
Tantas outras quis ter,
Um pouco desse calor,
E não apenas, para me entreter.
Quando lhe quis,
O fiz assim sem dor, mágoa, nem pressa,
Era por ti, porque, você era para mim
Tudo que na vida me interessa,
Fui sua tanto que deixei de ser minha.
Isso foi meu engano e se tornou minha sina.
Eu o tive,
tive por uma única vez,
Pensamento embotado esse,
Que justifico com o acaso, diversão
ou seu tédio talvez.
E pode que agora não se lembre,
Mas eu sempre lembrarei,
Das memórias, do que fizemos,
Isso nunca apagarei.
Quisera que pudesse,
Ousaria eu, tirar de mim?
Lembranças daqueles dois dias,
Quando acordamos assim
eu, você, em uma cama.
Como quis que fosse sempre assim.
Se tu fosse um pouco menos,
Só um tanto menos solto,
Te prenderia em meus braços e
Não soltaria nem quando morto.
Mas sendo como és,
É de certo lindo e bondoso,
Mas nunca será refúgio,
Esse que busco como louca.
Carinhos nos meus cabelos e
Uma dose de colo,
Um pouco de romance,
Para levar a vida, isso lhe rogo.
Que seja pra mim como uma fortaleza,
Onde possa me esconder do mundo,
E apenas ali ser eu mesma,
Mesmo que fraca, que frágil ou pequenina,
Que me acolha em seu colo,
E me faça sentir protegida.
Hoje no entanto, cansei de lhe implorar,
Pelos carinhos e afetos que não sabe dar,
Espero eu, encontrar em algum outro homem,
Profundidade de sentimentos,
Como os que agora me consomem.
Deus que escuta os pensamentos de todos,
Me livra do tormento de ser profunda,
Amando com o mar imenso,
Quem uma gota de amor me regula.
Rogo, peço, imploro.
Desfaz o nó que uni, a mim, com esse sentimento de amar tão sofrego.
Uma vez liberta de ser imperatriz,
Encontrar-lhe-ei
Noutro amor,
Quem me faça feliz.