Colecionador de “adeus”
Quase um colecionador de “adeus”.
A visão fixa em um barco à beira-mar.
Pés na areia, e entre ondas que vem e vão, o vemos partir, sumir no horizonte, com um destino certo, diferente do nosso. Apenas o observamos, tentando imaginar até onde vai, quando volta e se volta!
Mar, definido pelos poetas como uma espécie de céu líquido, também sem fim, que acalma mesmo com todos seus mistérios.
Olhamos mais uma vez para o horizonte, onde só existe solidão na imensidão vasta à frente e um barco longe de estar à deriva.
Com a alma lavada, desnuda, calada e muda, levantamos, tiramos os pés da areia, nos afastamos e seguimos em frente.