Base
E quando a base não é sólida
O capital é canal de emancipação.
Neste tempo, o que fará uma mão chegar até a outra?
Carnaval? Que nada, nem mesmo um apagão.
A vida mostra-se insólita,
Solitária envolta em pura cólica.
O mundo desfaz do verso e fica sem chão,
Já não sabe o homem basear-se por um belo refrão.
O querer é consumo, insumo venal,
Existir não deveria ser tão banal.
Como ficam os sentimentos basilares?
Soltos numa mesa de bilhar?
Pecamos, mas peçamos com pleno fervor,
Que um dia sejamos guiados com base no amor.