Amor Sólido

Dias destes tivemos um momento de "Vida Liquida", "Sociedade Liquida", vivenciamos as impressões de Bauman sobre a atual sociedade pós-moderna.

Fomos até uma feira de rua que acontece em uma cidade próxima a minha . Esta feira acontece a toda primeira Quinta-Feira do mês.

Lá se vende de tudo: ferramentas usadas, roupas, brinquedos., menos verduras, legumes...A feira é enorme, as barracas são montadas por todas as ruas do centro da pequena cidade.

Neste dia tivemos o nosso momento de " consumo".

Meu filho comprou um chinelo, um relógio e um cubo. A Selma comprou colheres de pau e eu comprei uma cobra falsa de borracha, destas que são utilizadas para assustar pessoas.

Depois de comermos pastéis na banca, meu filho acompanhado por refrigerante e nós dois acompanhado com um café preto servido em copo descartável, viemos embora.

E no caminho de volta enquanto dirigia o meu filho mostrava a Selma como alinhar as faces do cubo com as mesmas cores, rindo enquanto ela segurva no colo as colheres de pau embaladas dentro de uma sacolinha plástica de cor verde.

Ali , dentro do carro refleti de forma contraditória as ideias de Baumer descritas no livro " Amor Líquido"

Neste livro ele pontua " que a lei que move os relacionamentos tornou-se um objeto de consumo e com a seguinte ênfase: o consumo está cada vez mais rápido, fácil e descartável ".

Enfim, encerro este texto de maneira simples como deveria seu o nosso viver: neste dia de feira, pastel e consumo o que senti foi o "Amor Sólido."

Jorge Sousa
Enviado por Jorge Sousa em 08/05/2022
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