Mil lugares
Perdido entre mil lugares, alma com um buraco crescendo cada vez mais, o sangrar incessante da ferida sem ferida que parece nunca cicatrizar. O quebrar da alma caindo em meio a solidão o cortando. Alma fragmentada que mesmo ao fechar os olhos no repousar do recesso noturno não consegue deixar de enxergar onde gostaria que seu coração pudesse ficar. Peso do mundo cada vez mais difícil de segurar, sempre a quebrar, a afogar, uma alma estilhaçada a na música perdida da solidão caminhar. Coração de vidro a se quebrar, da alma de papel a no silêncio em meio a chuva sob as estrelas se encontrar a uma canção perdida escutar, mas que mesmo ao estender a mão, não consegue alcançar. Lágrimas a se perder no silêncio de um mundo onde ninguém parece se importar com uma alma a na solidão se afogar. Alma fantasma em meio a nenhum lugar em algum lugar, amaldiçoada a sangrar por sentir, estilhaçada por acreditar que além da solidão seu coração poderia alcançar.