Simplesmente humano
Nossa! Quantas vezes já briguei comigo mesma? Quantas vezes já me convenci e me desconvenci das coisas? Quantas vezes já busquei entender, e outra, simplesmente desisti de tentar? Quantas vezes acordei de manhã, abri os olhos e vi a esperança entrar pela janela do quarto como um raio de sol? Quantas vezes já chorei, decepcionei, decepcionaram-me, parei, deitei, levantei de novo e continuei andando mesmo quando sem saber para onde, sem mapa, sem identidade?
Ah, a vida... gosta de brincar com nossos sorrisos e prantos; gosta de nos surpreender, gosta de trazer interrogações cruéis, da mesma forma que traz respostas surpreendentes.
É um trabalho e retrabalho se olhar no espelho e tentar descobri o que há ali por trás daquela imagem. O espelho não fala, mas a mente voa, e, muita das vezes, de asas quebradas; voo imperfeito. Querendo sair e chegar; querendo conhecer e reconhecer, mas nunca conseguindo saber onde pousar.
Tentar entender é uma busca cruel, irônica e desgastante. Mas o desejo da alcançar as nuvens rosas é estranhamente o que faz os pés caminharem, mesmo sem sandálias, sapatos e sem mapa.