Uma mente que mente
Buscando um caminho, uma fuga, uma rota para o esquecimento.
Procurando um lugar melhor do que dentro de corações alheios.
Enfrentando medos, anseios, fantasmas vistos em rostos tão reais dançando em seus pensamentos.
Sua mente. Um lugar vazio de lembranças. Repleto de barulhos e vozes que não dizem coisa alguma.
Sozinho em meio a muitos.
Uma solidão adorável.
Adorável por não existir.
Solidão é finitude. É ir de encontro a um precipício encoberto por um nevoeiro que um dia já foi chamado de esperança. Esperança em uma queda que o tire daqui, de dentro de si, que o faça sentir-se vivo, mais do que apenas existir.
Se existe solidão, não existe mais nada. É um passo para o fim.