O percurso do revolucionário (o belo, do desprezo ao ódio _ valoração do feio _)
O mundo despreza o belo, por conseguinte, profundidades.
Por desprezarem profundidades atém-se a superficialidades, sendo assim, desprezam a natureza humana.
Por desprezarem a negam, por negá-la a subvertem em juízos de valor _ do qualitativo (horizontal) ao quantitativo (vertical) _.
Por negá-la ressentem.
Por ressentirem agem de forma invertida.
Por agir de forma invertida, logo, contra a natureza, sentem angústia.
Por sentirem angústia pela inversão projetam no outro a causa.
Por julgarem saber a causa e desconhecerem as nuances da natureza humana, julgam a causa como culpada.
Como a causa é tido como sinônimo de culpa, culpam-te e "livram-se" da mea culpa.
No gozo mórbido do ressentimento narcísico julgam-se corretos.
Por sentirem-se corretos atribuem a isto a validação.
Por validarem-se na validação reforçam o espírito agressivo do ressentido.
Por desconhecerem a natureza humana julgam esta angústia como um indicativo de um algo a mais externo, proibido mais uma vez pelo outro.
Pela falsa equivalência adotada entre causa e culpa, o ódio causado pelo incômodo da angústia até então sem nome (por desconhecerem a natureza humana) é projetado ao outro.
Por projetarem mais uma vez ao outro validam-se ao validar as ideias já adotadas por sentirem-se "bem".
Por desconhecerem a natureza humana não percebe que é momentâneo, ao emergir novamente a angústia surge de forma mais intensa o ódio ressentido.
Atribuem novamente a culpa ao outro em sua insistência de resistir, sendo tal ato a manifestação da maldade por manter o status quo denunciado como ruim por sua angústia, o outro jaz mal.
[...] O outro novamente resiste, sendo assim, a sua angústia permanece, agora mais intensamente.
Por já saberem o culpado, o ódio a manutenção da sua angústia por terceiros é interpretado como o próprio mau.
A interpretação do ato é confundido com o sujeito, o objeto do ódio é interpretado como o outro, o objeto do ódio é visto como ódio ao objeto.
Sendo assim, tudo que pertence ao outro é odiado.
Julgam-se agora no direito e dever de mudar ao subverter toda a estrutura, que é culpada, pois creem piamente serem os detentores da verdade.