Deus sobre a ótica de T.Aquino, Spinoza e Agostinho _ 1
A existência é devir, o não-ser em uma perspectiva de que é tudo o que há, uma constante mutabilidade. O materialismo jaz assumido como única postura plausível, ou a mais provável, normalmente envolto de uma abordagem técnica na obtenção do conhecimento e por indução ou cadência defendendo os pressupostos científicos para tal, que jaz filosóficos, ou seja, teríamos aí um contradictio in adjecto. O ser humano por natureza é um ser filosófico, de forma geral isso significa, um ser de significados. O ser humano tudo significa ou em tudo significa, ou até mesmo, significa-se enquanto significa, por isso o absurdo de negar isto, que só nos aponta a não douta ignorância. Os fenômenos apenas nos indica uma possível prova externa de uma investigação que poderia se dizer interna. A lógica é um transcende enquanto age, use-a apenas na busca. A verdade é a busca que persiste a tudo, a pergunta que não quer calar. A constância das coisas persiste frente a aparência do mutável. O ser não é o não-ser (negação da negação) ou ser no enquanto ou ser no enquanto que perdura. O vir-a-ser da existência é um nada permanente, pois não há significação na existência que não seja o ir, a própria fundamentação de um eu artístico na finalização quase que perfeita de uma espécie de auto obra é outra contradição interna na própria construção lógica, haja visto, que não o é em essência, pois investiga o devir enquanto si, pois o eu seria desprovido de significante. A própria existência é desprovida de significado, apenas o ser diferenciado faz-se a medida que significa a significação. Faz-se e não torna-se, pois o homem é uma espécie de solução entre o eu pelo livre arbítrio e a substância, que nele está contido, do todo, a causa que causa-se. O mundo é gerado por uma substância que abarca tudo, onde tudo está imerso sem limites de bordas. O homem pensa no ideal a partir do conceber, então, o mais correto seria afirmar que o homem concebe o ideal. O ideal em conceitos, como o Amor, a Justiça, etc. O homem não pode conceber nada a partir do inexistente, inexistente como negação na existência. [...] Se afirmo não vaca em uma sentença, implicitamente na própria sentença assume-se que conheço uma vaca, pois há signo ( palavra vaca ), significado na sentença ou em seu contexto, assim, referente ao nomear um ser/experiência, que se dá através das percepções das sensações, que por sua vez se faz possível através dos órgãos sensoriais, cuja função é recepção, para aí, então, negá-lo. Deus não pode ser reduzido a uma sentença infalseável pelos motivos iniciais. Deus não pode ser interpretado como uma ideia imaginária, pois temos apenas adjetivos que indicam o mais que um substantivo próprio, pois somos pessoas com suas respectivas pessoalidades. Também não pode ser produto de nossa imaginação pela diferença de conceber e pensar, pela impossibilidade de pensar no que não há referente, e pelo pensar no que concebemos, o inconcebível e impensável em sua totalidade, ou enquanto sua totalidade que é seu ser. Deus nos é necessário, nenhuma imaginação o é. Deus nos é suficiente, nenhuma imaginação o é, pois jaz ideia. Deus nos é metafisicamente necessário, assim como todos os seus atributos, conhecidos e ainda desconhecidos. Nos é ontológico a necessidade de continuar a conceber enquanto pensa o perfeito e Deus. A natureza é real, o homem é real e algo a mais, Deus não é nenhuma coisa nem outra, mas com certeza esse 'algo a mais' a ele é pertencente. O homem 'pode' conceber, ainda que em sua não totalidade, o ser que não está em relação causal, como não necessitar entender aquilo tudo para entender isto. O homem pode conceber o ilimitado, infinito e o suprassumo das virtudes. Logo, o homem concebe o que não necessita ainda que o necessite, por isso existe, pois necessidade é necessária, daí deve ser existente, ainda que não possa ser delimitado pelo existente, pois não necessita. A compreensão se dá através da purificação da razão, que se dá através do contato com o contido. A somatória dos contidos não daria o todo da substância primordial, pois estão em união com um eu, uma pessoalidade existente na existência, existente não em si. Deus é o infinito, sendo assim, todo o cognoscível, que a nós não cabe, pois somos finito. Deus tudo é em sapiência, não em potência. Deus é a conjunção entre ato e potência. Se ato, jaz potência, porém, Deus é mais que potência, pois todas as descritivas de atributos por negativa ou positiva partem do finito, sendo assim, sua potência não é limitada pela linguagem, ao que poderíamos dizer, Deus é mais que potência ou todo ato. Por sua vez, por força de linguagem, até mesmo poética, poderíamos dizer, Deus é.