Veritas

A razão não sabe, ela cogita. Saber é estar de frente, a frente de e aí vemos e percebemos tudo de uma vez, como uma epifania, e não vemos com os olhos da face, pois ela é efêmera, enferma, o que se sabe a denominamos de verdade. A verdade não é descritível, plausível de crítica e/ou debate, ela não desgasta, ela fortalece, e todas as analíticas a tocam, pois a trazem para baixo, abaixo do que verdadeiramente é. Ela é real, pois é sabido pelas práticas, logo ela é verdadeira, pois há resultados que infere sua existência, mas não adianta a investigação, pois ela é e do que é nada se tira, apenas se vê, se enxerga com outros olhos que não esse. É como se observássemos um gênio, sabemos que é um pela suas obras, mas se sabemos ao certo o porquê, não, não sabemos, mas que é certo sua existência é. Por isso a verdade é deparar-se, é estar de frente, é saber não sabendo, é saber por outros meios não convencionais, não limitada pela linguagem, por isso, algo que está ali, mas que não se toca de fato, pois não é daqui, está, mas não é, pois o que é não está, não se prende a nenhuma forma, a nenhum lugar e a nenhuma narrativa, o que é apenas é.

22/01/21

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 12/09/2021
Código do texto: T7340418
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