Sorte
meu riso meio frouxo entrega.
entrega o quão fundo tu atingiu meu coração, o quanto tu é responsável pelos borboletas que agora voam e dançam no meu estômago toda vez que meus olhos esbarram nos teus.
te imagino em mínimos detalhes da minha vida sem ao menos saber o motivo de já te incluir em futuros sem saber se quer fazer parte. tu bateu com força em mim, e me pergunto se aí também foi forte.
com a gargalhada alta e os olhos apertados num sorriso tu bagunça tudo que eu já arrumei, com tuas incertezas concretas tu ri e me faz render a essa confusão. me encontro na nossa bagunça, no meio das nossas pernas entrelaçadas no quarto escuro, nos nossos corpos orbitando um no outro.
foi forte, foi sorte.
tentei não me entregar, mas já estava totalmente entregue.
entregue às tuas histórias contadas num domingo à noite,
entregue ao teu abraço-casa,
entregue à tua maneira de desestruturar minha convicção inabalável.
jogada ao nosso acaso, procurando uma saída... e a saída é você meu bem.
Texto inspirado na música Sorte - Hotelo