Manuscrito encontrado nos recônditos do casulo

Por inveja, pessoas destroem outras. Diminuir-me é a forma encontrada para me tirar do caminho, passatempo predileto de quem dedica a vida ao ódio desmedido por todas as moças que lhe representem algum tipo de "ameaça". O vitimismo é acionado, mas não gosto de "vítimas", gosto daquelas que se reerguem depois de uma queda e se tornam exemplos de superação. Admiro quem enxerga o lado bom das pessoas, de quem abre o coração e perdoa porque entende que poderia estar passando pela mesma situação, de quem deseja o bem mesmo de longe. Quando alguém me difama, calunia, zomba, ameaça e oprime, não é minha honra que se esfarela, é a de quem se coloca como dona da razão. A motivação para tanto sangue nos olhos: a inveja. E não são argumentos de uma pessoa convencida de ser o centro do universo, mas de alguém que já viveu o suficiente para saber do que pessoas são capazes para destruírem o que as outras conquistaram com esforço. Relativizar as conquistas alheias por não ter nenhuma é a armadilha predileta de seres insignificantes, que precisam berrar para terem atenção. E digo mais: a inveja prejudica quem a nutre porque enquanto a vida passa, os dedinhos nervosos se ocupam mais do alvo do seu ódio do que em mudar a própria história. Deveria ser ficção... deveria.

Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 10/05/2021
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