Rocha líquida

Saudade da acidez tão minha que faz limão ser anjo.

Liberdade das bobagens de taças cheias e depois vazias.

Saudade da tolice de ser tola sem forçar os cantos da boca. Para cima ou para baixo. Não importa!

Brincadeiras de fazer sonhos saírem do papelão.

Danças tão sem sentido quanto dentes de leão ao vento.

Saudade da fala afiada, do fogo do verbo, da argumentação.

Movimentos cheios de ausência de regras. Sacou?

Que coisa esta brincadeira besta de seguir linha reta.

Orações programadas, tradições maquiadas, falas repetidas...

Socorro! Quero antes as falas benditas!

Bênção! Alegria! Luz até em dia de chuva!

Saudade da maga, da filha, da terra, da mãe, do fogo e do vento nos cabelos!

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 08/05/2021
Código do texto: T7250707
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