Dor
Quantas vezes você deixou suas lágrimas quentes se juntarem com a água que cai do chuveiro, enquanto soluçava baixinho pra ninguém te escutar
Os solavancos que teu corpo dava...
E você se perguntando quanto tempo mais vai aguentar
Vivendo um dia de cada vez
Acordando com vontade de dormir
E esse buraco gigantesco no teu peito que arranca todas as tuas vontades e alegrias
Vivendo com a alma anestesiada e uma máscara de felicidade estampada no rosto
Ninguém pode ver
Ninguém pode saber
Ninguém além de você em meio à multidão
Afinal, é assim que você quer ser lembrado quando já não estiver aqui