Tudo
Assasina de mim mesmo e de todo belo que tenho contemplado sigo a sonhar sonhos meus
Sigo a viver vida minha
Nua , crua , sedenta
Penas que voam e pousam nos automoveis das ruas vazias da cidade
Sol que aqueçe os dias que serão anulados
Lua que contempla a solidão dos que sonham dos que creem dos que esperam.
Bruta noite abafando os gritos dos que gritam, dos que gemem dos que choram no leito e fora dele.
Brilhantes estrelas que restaram como esperança dos peregrinos
pontos de luz para os animais noturnos e os amantes reclusos