Tributo ao Trevo

Nunca te olhei nos olhos

Nunca senti teu cheiro

Nunca, tive minhas mãos enlaçadas na tua

Não sei a cor dos teus cabelos

Nunca vi as curvas do teu sorriso

Nem se quer recostei meu rosto sobre teu peito

Não senti a proteção no teu abraço

E nem tive minhas lágrimas contidas pelos teus dedos

No entanto, senti tua companhia como se sente o ar

A tua presença era vital como a luz

Me reerguendo do chão

Me envolvendo numa áurea de vida

Preenchendo lacunas

Curando

Lentamente

Meu ponto de paz

O yang do meu Yin

Meu equilíbrio

Somos a dualidade personificadas

Meu amuleto da sorte

Nunca precisei te ver pra saber que você estava aqui

Hoje, tenho apenas os fragmentos que você deixou , mil palavras não ditas uma gota de esperança e um campo de girassóis no coração.