Gente chata
Não conheço muitas, de verdade. É que nós ainda insistimos a dar muita atenção para aquilo que falta. E não damos valor ao que temos. É Shakespeariano esse pensamento. Não damos valor aos noventa e nove por cento de bons momentos que tivermos com os amores, com os amigos, com a família. Mas vamos dormir morrendo de raiva pelo um por cento que fizeram de algo que não nos agradou. Podemos até não gostar de sofrer, é difícil imaginar alguém que goste. Mas que insistimos no sofrimento por não abrirmos mão do orgulho, isso é inegável. Não queremos abrir mão de algo que nos faz mal porque achamos que mudar é assinar um recibo de perdedor. Sem nos dar conta do tempo que estamos perdendo. Dos abraços que estamos perdendo e que aquecem tanto nossa alma quando o inverno da solidão chega. Da luz que estamos perdendo e que seria tão preciosa quando a sombra bater. Da luz que vem de dentro do coração de cada um, da risada de cada um, dos momentos simples ou sofisticados, todos tem seu momento, da preocupação para conosco de cada um.
Não conheço muita gente chata, de verdade!