Eu existi em você.
Nunca, jamais e por nada,
Devemos ser reféns de nossas promessas,
Nem tão pouco, vítimas de antigos sentimentos,
Sentimentos são voláteis,
Confundem-se com as palavras,
E as palavras se vão com o tempo.
Palavras e coisas se confundem com pensamentos,
Alguns pensamentos são caminhos tortuosos,
Cujas entradas e saídas tornam-se dúvidas,
Presas por segredos guardados no tempo,
De momentos que imaginei não acabar,
Pois tudo isso parecia ser amor.
Mas nessa confusão; o que seria o amor?
Se esse tal amor não tem mais um rosto...
E confundiu-se com outros nomes,
E tudo o que se sabe agora é quase nada,
Ter outros amores, é quase que viver um velho amor.
Nem palavras, nem pensamentos, nem a história,
Expliquem sua inesquecível existência,
Imagino apenas que você existe,
Para completar o ciclo de várias vidas,
E na minha você apenas teve que dar um oi,
Não me importo se não lhe encontrar de novo,
Lhe asseguro que faço isso apenas fechando os olhos.
E lembrando que um dia eu existi em você.
Jean Rocha