CONTENÇÕES

O olhar distorcido e tão difundido na sociedade de hoje sobre a compreensão moderna da história e origem da ideologia e convicções judaico-cristã nos remete ao pensamento da personalidade da sociedade da liberdade.

Desde tempos imemoriais, todas as tradições religiosas anunciavam a salvação, enquanto a maneira subjetiva de ver e entender o mundo cristão proclamava a beleza única e original, a bondade incorruptível do mundo, à proporção que atribuía este mundo à própria criação de Deus, trazendo uma compreensão nova e profunda da dignidade da pessoa humana e o princípio de caridade que causaram uma convulsão transformadora convertendo mentes e desejos.

Atualmente observamos o declínio da cristandade no desaparecimento progressivo do cristianismo causado pela crença de que a finalidade apropriada da vontade possui a habilidade de ser querida e arbitrada desse modo, porque acreditam que progridem para serem mais racionais e éticos, enquanto na verdade seus ideais mais elevados são emprestados do Cristianismo.

Contudo, a humanidade sem os ideais elevados do cristianismo é logicamente impossível, visto que a própria modernidade se apropria e usa os princípios cristãos, enquanto creem que algumas pessoas e etnias são melhores do que outras. Sem a fé cristã, somente a simples banalidade, monstruosidade e o fundamentalismo do niilismo que não explica as implicações de um mundo ateísta e amargo sem Deus, imperaria com sua anarquia e extermínio.

A oposição e perseguição religiosa começaram sob os pagãos, não sendo uma atribuição única dos cristãos em busca de transcender suas circunstâncias, acreditando que era mais fácil consagrar uma cultura do que mudá-la. A metafísica, teologia, ética e arte cristãs atraíram escritos intelectuais, estéticos e espirituais helenísticos.

A inserção do cristianismo no estado gregário do mundo pagão mudou o pensamento, a sensibilidade, a cultura, a moralidade e a imaginação espiritual com respeito ao entendimento da sociedade da coletividade do caráter da individualidade e da caridade levando ao conceito da liberdade essencial do ser, não apenas pelo reconhecimento da primazia do livre arbítrio, ou a preocupação com nosso propósito final através de exercer a nossa vontade.

O pensamento distorcido da modernidade discorda da verdade moral tentando melhorar a humanidade, enquanto rejeita a noção cristã de liberdade devastando a lei divina e a lei natural em busca da livre escolha. Não somos livres apenas na medida em que nossa vontade pode escolher.

Apesar de ter sido literalmente má compreendido, a observação de Friedrich Nietzsche, de que Deus está morto, desencadeou uma enxurrada de má concepções que até hoje perduram, fazendo muitos pensarem que tudo é permitido, pois não haveriam consequências adversas, alheio que nem tudo é benéfico. Porém, a autoridade das regras morais está com Deus, não, com cada um de nós!

Conquanto o literalismo ser uma questão crítica da exegese na história cristã e judaica é relevante conservar um equilíbrio entre o literalismo e o alegorismo. Afinal, a Bíblia não é apenas um livro textual de moralidade para viver bem, porque o conhecimento moral vem da revelação, não, meramente da experiência das pessoas.

Enquanto alguns pensam que o adesivo da sociedade é construído pela comunidade e o senso de convivência em cooperação, é bem mais plausível crer, que a sociedade permanece razoavelmente unida através da fé, pois, contém muitos aspectos da vida humana, bem como percepções teológicas e testemunhos. Entretanto, a despeito da nossa agência individual e habilidades racionais aguçadas, precisamos viver juntos para sobreviver.

Das tentativas teológicas de defender a existência de Deus a partir da estrutura do mundo natural e da organização da subjetividade humana surgiu o ateísmo fortalecido pelo processo dialético estabelecido com base em tais argumentos. A nova compreensão teológica do ateu é antiquada, pensando em todo o conjunto dos princípios de uma religião como uma teologia literalista e fundamentalista promovida por evangélicos conservadores e extremistas religiosos.

Se nosso cérebro evoluiu de um estado de natureza irracional, não poderíamos possuir o conhecimento da verdade. Portanto, nem podemos dizer algo sobre a realidade, porque, além de nossa inata ignorância não reconhecemos nossa própria confiança à luz da questão.

Contudo, a conversão ao Bem é possível através de estudo rigoroso que pode levar ao resultado natural de nosso compromisso de acompanhar o argumento onde quer que ele nos leve em busca de evidências.

Deus não é um objeto contido no fluxo causal de nosso universo, cuja existência pode ser deduzida com base no conhecimento científico ou argumentos filosóficos. Ele é a força inicial que anima a sequência causal de um sistema divinamente ordenado e perfeitamente ajustado para suportar a vida, uma razão que postula o desígnio divino, que requer apenas ajustes do comprometimento e esforços humanos demonstrados em nossa fé e no trabalho pelo verdadeiro e pelo bem.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 06/09/2020
Reeditado em 09/09/2020
Código do texto: T7056393
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