Quanto vale este teu amor pela metade?

Vale horas mergulhadas entre a razão e o que tu não queres ver?

Vale, abismos buscando em si o que o outro é incapaz de ser.

Vale o desespero deste tempo que deveria ter sido, com isto que nem é?

Vale, esse aprisionamento de destino por alguém que nem sabe o que quer.

Vale o vazio imenso e ofegante, de dias e noites acompanhada apenas, pela própria idealização?

Vale, chorar por não fazer sentido e mesmo assim, acreditar que é de coração.

Vale sentir-se pequena mais vezes do que deveria?

Vale, estar onde não deveria, pelo simples medo de fazer o que queria.

Vale ser metade quando se poderia ser inteira?

Vale, se contentar com essa migalha que chamas de amor.

Vale mesmo?

Pelo visto, vale, vale muito, menos aquilo que realmente deveria valer a pena.

Porque o que importa não é que sejas só uma metade.

É que nem a metade do que tens, te pertence.

Então, não vale minha querida.

O que vale é ser tua própria cura

O que realmente vale é ser inteira e só sua!

2020.08.04

Tinna Mara de Camargo
Enviado por Tinna Mara de Camargo em 05/08/2020
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