Breve...
Tem dias que quero só andar
sair com meu rumo, sem rumo e vagar.
Noites que quero sorrir
abraçar a vida e me encantar.
Há outras que quero fugir
seguir até qualquer destino e abraçar.
Deixo às vezes a tarde descalça
O tempo é bravo em avançar
Quando menos espero a tristeza me toca
O sentido é que há de se indagar
Pois, num minuto depois ele me enche de graça.
Tão altivo, que me faz perder o ar!
Ausento-me às vezes no pôr do sol
Só para não cair em mau lençol
Cantando, peraltando, quebrando a roTINA
Porque é bom ser também um pouco creTINA
E ao que me prezo, gosto de sorrisos ardentes
E principalmente do que da verdade é proveniente
E se não consegue por sí só palpar.
Te chamo para vir, viver é um doar.
E doer ardente.
Tão breve e irreverente!