Breve...

Tem dias que quero só andar

sair com meu rumo, sem rumo e vagar.

Noites que quero sorrir

abraçar a vida e me encantar.

Há outras que quero fugir

seguir até qualquer destino e abraçar.

Deixo às vezes a tarde descalça

O tempo é bravo em avançar

Quando menos espero a tristeza me toca

O sentido é que há de se indagar

Pois, num minuto depois ele me enche de graça.

Tão altivo, que me faz perder o ar!

Ausento-me às vezes no pôr do sol

Só para não cair em mau lençol

Cantando, peraltando, quebrando a roTINA

Porque é bom ser também um pouco creTINA

E ao que me prezo, gosto de sorrisos ardentes

E principalmente do que da verdade é proveniente

E se não consegue por sí só palpar.

Te chamo para vir, viver é um doar.

E doer ardente.

Tão breve e irreverente!

Tinna Mara de Camargo
Enviado por Tinna Mara de Camargo em 05/08/2020
Reeditado em 05/08/2020
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