Divã
Por onde começar?
Deitado no (divã) da consciência, me pergunto: “_ Como foi seu dia, hoje?” Confesso que não foi nada fácil.
Os obstáculos me parecem intransponíveis.
Enquanto os gigantes se mostram pequenos, então os “venço”, mas na maioria das vezes eles me devoram.
Armadilhas espalhadas, aguçam minha avidez e me aliciam a concupiscência.
Quando olho para trás e vejo que continuo varrendo à sujeira com espanador, me convenço que nada fiz, além de espalhá-la.
À vida nos prega, peças com seus ardis.
Neste enredado psicológico, me torno um prisioneiro, sem grades. Fugindo de mim!