Filosofia é a busca das primeiras questões do ser

Amizade e carinho estão no nosso projeto divino...

J B PEREIRA

Filosofia é a busca das primeiras questões do ser no mundo e seu lugar na vida. Quem sou, de onde venho, por que é assim, pode ser diferente, se não é por que não é, como pode ser diferente, o que é ser livre ... Para onde vou, existe alguma vida além da morte ?

Quem é Deus? Como sei que existe uma vida superior e onde ela está ?

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Nasceu a 13 Junho 1888

(Lisboa, Portugal)

Morreu em 30 Novembro 1935

(Lisboa)

Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor português. Fernando Pessoa é o mais universal poeta português.

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Odes de Ricardo Reis

PARA SER GRANDE, SÊ INTEIRO: NADA

Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive.

0:15 / 1:30:50

A HISTORIA DE TUDO - TERRA - HD - PORTUGUES

Lauren Martins

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Documentário incriável e completo sobre o nosso planeta e de como a vida se formou ate os dias de hoje.

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te · a · tro

[tj'atru] s. m. (Do Lat. theatrum < Gr. théatron, &#952;&#941;&#945;&#964;&#961;&#959;&#957;)

1. Arte de representação em palco.

2. Lugar onde se representam obras dramáticas ou líricas, comédias, revistas.

3. Construção que, nos primeiros locais de representação, na Grécia, era em forma de anfiteatro adossado a uma colina, compreendendo três espaços fundamentais: o local para os espetadores, o teatro, para o coro a orquestra, e para a movimentação dos atores, a cena.

4. Conjunto de obras dramáticas, geralmente de um autor, de um país, de uma época.

A

ABERTURA

A área ou espaço compreendido pela abertura da boca de cena. Em alguns elencos ou casas de espetáculos, o trecho musical executado no início, antes da abertura do pano.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 19]

ABERTURA DE PALCO

O momento em que se abre ou se levanta o pano de boca.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 19]

ABERTURA DE PASSAGEM

Espaço deixado nos bastidores para as entradas e saídas dos atores em cena.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 19]

ABRIR PARA FORA

Todas as portas de saída da sala e para o exterior devem “abrir para fora” por questões de segurança.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 26]

AÇÃO DRAMÁTICA

No plano do ator, é o conjunto de reações externas que envolvem e animam o intérprete enquanto atua na criação da personagem, ao desenvolver o enredo proposto pelo texto teatral. Dependendo das tendências a serem defendidas pelo espetáculo e de algumas escolas de interpretação, pode-se considerar como ação o comportamento interno de cada uma das personagens.

No plano do texto, pode-se considerar o movimento interno que deflui do conflito entre duas posições antagónicas colocadas no texto dramático, com a função de gerar um evoluir constante de acontecimentos, de vontades, de sentimentos e de emoções.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 21]

ACÚSTICA

É a ciência que estuda o som. O seu estudo é fundamental quando se constroem as salas de espetáculo, para facilitar a projeção da voz dos atores e permitir uma melhor receção auditiva por parte dos espectadores.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 76]; [TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 22]

ADERECISTA

Técnico que fabrica os adereços. É a pessoa encarregada dos adereços no teatro.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 80]

ADEREÇO DE CENA

Objeto que decora a cena e é aposto no cenário. Objeto que ornamenta um cenário numa representação de teatro. Objeto que decora a cena como adorno para situar a época, a condição económica, social ou política das personagens.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 80]; [TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 23]

ADEREÇO DE REPRESENTAÇÃO

Objeto previamente colocado em cena que se destina a ser usado pelo ator durante a representação.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 23]

ADEREÇO DO ATOR (OU DE REPRESENTAÇÃO)

Objeto que o ator utiliza em cena e traz consigo. Objeto de uso pessoal do ator, cuja função principal é ajudá-lo na composição da personagem.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 23]

ALÇAPÕES

São aberturas do palco, conseguidas pelo levantamento de uma quartelada e que se destinam a fazer aparecer ou desaparecer pessoas ou objetos.

Abertura no chão de um palco, invisível para a plateia, disfarçada por uma tampa embutida na quartelada, que se abre para o porão. É de muita utilidade nos espetáculos de magia ou para efeitos especiais. É pelo alçapão que aparecem ou desaparecem personagens, móveis, adereços, e até mesmo cenários inteiros.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 25]

AMADOR

Diz-se do que faz teatro, normalmente nas sociedades recreativas, sem remuneração. Ao longo dos tempos, frequentemente, os grupos de teatro amador “forneceram” atores ao teatro profissional.

Ator ou atriz não profissional, que pratica a sua arte sem visar lucros

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 26]

ANFITEATRO

Recanto, geralmente circular ou semicircular, com arquibancadas ou filas de assentos em semicírculo, tendo ao centro um estrado, o palco onde se fazem representações.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 28]; [AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 243]

ANTECIPAR-SE

Diz-se quando o ator reage antes do tempo da sua intervenção na cena, prejudicando a sequência da mesma, o que poderá comprometer o entendimento da representação e/ou do espetáculo.

[PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

APARTE

Observação ou reflexão que um personagem faz a si mesmo, ou para o público, quando está em cena com outros personagens, sem que estes, supostamente o oiçam.

Frase curta pronunciada de forma convencional para não ser “escutada” pelos demais personagens em cena, mas suficientemente audível para a plateia.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 31]

APLAUSOS

Demonstração de agrado por parte da plateia, por meio de palmas, bravos.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 31]

APUPOS

Conjunto de assobios e gritos que o público usa para manifestar desagrado pelo espetáculo apresentado.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 32]

APURAR

Ensaiar em pormenor as cenas que constituem o espetáculo numa determinada fase antes dos ensaios corridos. Etapa final da preparação de um espetáculo, anterior à de afinação e ensaio geral, quando já estão estabelecidas as marcações e os papéis perfeitamente decorados.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 32]

ARGUMENTO

Pode ser considerado um resumo da peça, ou melhor, da história da peça, que visa informar o público (normalmente no início) sobre a história que lhe será contada.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

ARISTOTÉLICO

Termo usado para designar uma dramaturgia baseada na ilusão. Tornou-se sinónimo de teatro dramático.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

ARMAR UM CENÁRIO

Enquadrar os bastidores, ilhargas e biombos, atar e pendurar da teia as rotundas, bambolinas, fraldões e telões de fundo necessários a uma cena. Ação de montar o cenário; preparar o ambiente físico para a representação.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 32]

ARQUITETURA TEATRAL

Diz-se da complexa especialidade que é a construção, decoração e equipamento de um teatro, no seu conjunto de instalações de serviço e para uso público, bem como do exterior.

[AA.VV. (1983) “Encyclopaedia Britannica Macropaedia”, 15ª edição, Vol. 18. EUA: Encyclopaedia Britannica, Inc. p 236-251]

ARRUMADOR

O assistente da sala que leva os espectadores aos seus lugares.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 365]

ARTICULAR

Pronunciar de forma clara as palavras não desvirtuando a língua.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 252]

ASAS DO PALCO

Os espaços livres entre o espaço cénico e as paredes laterais do palco. Passagem livre entre o espaço cénico e as paredes laterais do palco, por onde os técnicos e intérpretes circulam livremente na hora do espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 37]

ASSOALHO

O piso do palco. Deve ser feito de madeira, por alguns motivos importantes: facilidade de fixação do cenário, som, estabilidade dos atores.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 38]

ATO

Parte de uma peça que corresponde a um ciclo da ação que é separada das outras por um intervalo. As peças podem ser de um ato a vários atos. Em termos de transposição cénica e dependendo da encenação, os intervalos podem ser evitados por mutações breves, usando cortinas, cortes de luz e outros recursos.

Cada uma das partes em que, convencionalmente, é dividida a peça teatral, e que, por sua vez, pode ser constituído de cenas e quadros.

O ato cria estrategicamente um intervalo que serve para a troca de cenários e “desliga” momentaneamente a plateia da tensão do espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 38]

ATOR/ATRIZ

Pessoa que recebeu preparação teórica, técnica e artística para interpretar e representar num espetáculo de teatro.

Pessoa que domina as técnicas de representação, o que lhe permite interpretar papéis, emprestando-lhes o corpo e as emoções na justa medida daquilo que lhe é pedido pelo encenador.

É o principal agente de expressão ou comunicação num espetáculo teatral. O texto teatral, em princípio, só adquire vida ao ser animado pelo ator. É ele que empresta plenitude física e espiritual ao texto do dramaturgo, usando o seu corpo e a sua voz para comunicar ao público a personagem que interpreta.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 39]; [PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

ATUAÇÃO

Diz-se da representação de determinado ator/atriz. Interpretação de uma personagem.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 40]; [PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

AUDIÇÃO

Destina-se a escolher, através de provas práticas, atores para representar uma personagem e integrar um espetáculo.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 420]

B

BALAUSTRADA

Elemento de decoração do cenário que reproduz um patamar ou varanda.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 466]

BAMBOLINA

Faixa de pano, geralmente em flanela preta, que atravessa o palco em largura para encobrir projetores e demais maquinaria suspensa.

Faixa de pano ou papel, pendente do teto da cena e disposta em série a partir do pano de boca, atravessando o palco, horizontalmente, de um bastidor a outro. Servem, em princípio, para ocultar da vista da plateia a varanda de manobra e toda a parte superior do palco.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 47]

BAMBOLINA RÉGIA

A bambolina exterior ao cenário, geralmente igual na pintura ou no tecido, ao pano de boca. Regula a altura da cena. Tem a mesma função das outras bambolinas

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 47]

BANCA

A mesa de caracterização, com espelho iluminado que há nos camarins.

Mesa no camarim, junto ao espelho, onde são colocados os apetrechos de maquilhagem e todo o material necessário para o/a artista se transformar na personagem – cabeleiras, adereços...

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 47]

BASTIDORES

Diz-se, genericamente, dos espaços do palco fora da vista do público. Espaço interno do palco, em volta do cenário, por onde circulam atores e outros profissionais durante o espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 48]

BATER O PAPEL

Estudar o texto e repeti-lo muitas vezes, sozinho ou com os outros atores, para o decorar de forma mais segura até que o seu rendimento seja satisfatório.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 49]

BLACK-OUT

Expressão inglesa que designa o escuro total no palco e na sala.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 370]

BOA CASA

Diz-se quando a sala está quase cheia.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 70]

BRANCA

Diz-se quando o ator se esquece de palavras ou partes do texto: “tive uma branca!”.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 393]

BUFÃO

Presente na maioria das comédias. Apresenta a sociedade e os seus vícios de forma grotesca. O excesso e exagero são marcas deste tipo de personagem.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

BURLESCO

Forma de comédia exagerada que emprega expressões triviais para falar de realidades nobres ou elevadas

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

C

CABELEIREIRO

Profissional que executa os penteados de época ou contemporâneos exigidos pela conceção do espetáculo.

Profissional especializado no arranjo das cabeleiras e dos penteados dos intérpretes. É quem, em momentos especiais, se responsabiliza pela confeção das cabeleiras, postiços e demais apliques a serem usados pelos intérpretes, em cena.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 61]

CABINE

Compartimento geralmente existente ao fundo do palco e de onde operam o luminotécnico e o sonoplasta.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 420]

CAIXA

O palco, os camarins e toda a zona do palco, da teia ao último subpalco.

Toda a área de operações situada além da cortina de boca de cena, que compreende o espaço de representação e as coxias: espaço físico do edifício do teatro a partir da boca de cena, em direção ao fundo do edifício, onde se encontra o palco e demais dependências de serviço – camarins, sala de costuras, oficinas de carpintaria, depósitos de materiais, almoxarifados, salas de contrarregras, etc. É o espaço de trabalho, despido de ‘glamour’, onde o espetáculo é armado e de onde é exibido para o público.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 64]

CAMARIM

É o pequeno quarto, com pouca ou nenhuma mobília, para além da banca e cadeira para descansar, onde o ator se prepara para a cena, onde repousa e se concentra para a representação.

Aposento reservado, nas proximidades do palco, na caixa do teatro, onde o elenco se prepara para o espetáculo e aguarda o momento de entrar em cena – o camarim pode ser coletivo ou individual.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 65]

CAMARIM DE PALCO

Espaço improvisado nas coxias ou entre os bastidores, onde os atores trocam de roupas, quando se trata de mudanças rápidas.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 65]

CANTAR O TEXTO

Diz-se quando o ator por inexperiência ou falta de técnica imprime à forma de dizer uma cadência desadequada que resulta numa sonoridade desagradável e repetitiva. Em vez de passar ao público a ideia contida no texto, embala-o numa cantilena inconsequente.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 465]

CARATERÍSTICO (A)

Ator ou atriz que desempenha papéis de personagens típicas.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 688]

CARACTERIZAÇÃO/MAQUILHAGEM

A pintura da cara do ator, com ou sem emprego de postiços ou cabeleiras de acordo com a personagem que vai interpretar.

Preparação física e psicológica do ator para viver a sua personagem. A arte e a técnica utilizadas pelo artista, valendo-se de recursos materiais como cosméticos, adereços, máscaras, indumentárias, para adquirir as características físicas que completarão a figura da personagem. Conjunto de meios que o intérprete utiliza para “vestir” a sua pessoa com a aparência física adequada e convincente da personagem. Processo e técnica de preparar o rosto, usando cremes, batons, bases, carmins, apliques e cabeleiras, que deem ao intérprete a aparência adequada à personagem que vai interpretar.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 67]

CARPINTARIA

Nome dado, em geral, às técnicas teatrais, independentemente de se referirem ao manuseamento da madeira; local onde se constroem os cenários (engradados, praticáveis, móveis, etc.)

O conjunto de técnicas que o autor deve dominar, para conferir ao seu texto condições plausíveis de montagem; os recursos teatrais sugeridos pelo autor ao longo do seu texto, que conduzem a peça à naturalidade cénica quando traduzida em espetáculo; a junção de cenários e apetrechos cénicos.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 68]

CARPINTEIRO DE CENA

O carpinteiro do teatro cujo ofício obriga a uma certa especialidade.

Profissional que trabalha junto ao maquinista e ao cenotécnico, responsável pela tarefa de armar e desarmar os cenários.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 68]

CARTAZ

Peça publicitária para ser afixada em locais públicos, anunciando um espetáculo; anúncio. Estar em cartaz: expressão que serve para indicar que determinado espetáculo está em exibição num teatro, durante uma temporada.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 69]

CATARSE

Uma das finalidades e consequências da tragédia; Ato de evacuação e descarga afetiva que resulta num lavagem e purificação por regeneração do ego que percebe.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

CATÁSTROFE

No teatro grego é considerada a última parte da tragédia, quando o herói morre ou paga de forma trágica pelos seus erros. Nem sempre significa morte, e sim a conclusão da ação.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

CENA

Pode ter vários significados. Cena é o palco. Estar em cena é estar a representar ou a ensaiar dentro da área de representação. Cena pintada ou construída é um cenário. Dar ou tomar cena é deixar ou ocupar o espaço do palco durante a representação. Uma cena é o momento da ação em que estão em cena as mesmas personagens. A duração da cena é determinada pela entrada ou saída de uma ou mais personagens.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 71-72]

CENÁRIO

Conjunto de elementos que fecham o espaço cénico e o decoram.

No teatro o cenário delimita o espaço de representação. Num teatro mais convencional usam-se telas pintados que nos situam relativamente ao local e à época onde se desenvolvem as cenas. Mobiliário, objetos e adereços, podem fazer parte do cenário.

O ciclorama, que fica ao fundo do palco, pode ser iluminado com luzes de várias cores ou projeções. Atualmente, os cenógrafos também utilizam recursos multimédia e novas tecnologias nas suas produções cenográficas.

O ambiente sobre um palco, onde o espetáculo se desenrola, é formado pelo conjunto dos diversos materiais e efeitos que servem para criar a realidade visual ou a atmosfera dos locais onde decorre a ação dramática; o dispositivo decorado, que situa geográfica, política e socialmente o ambiente onde o texto ocorre.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 72]

CENOGRAFIA

Arte e ciência da organização do palco e do espaço teatral para a encenação.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

CENÓGRAFO

O autor do cartão ou maquetas do cenário. Supervisiona a sua construção e montagem.

Técnico responsável pelo projeto dos cenários de um espetáculo, podendo ser ou não um artista plástico ou até mesmo um arquiteto. O cenógrafo não só cria, como deve acompanhar a construção dos cenários.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 76]

CHARRIOT

Estrado praticável, montado sobre rodas, destinado a uma mutação rápida, parcial ou total da cena podendo entrar pelos lados ou pelo fundo do palco.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 77]

CICLORAMA

Armação de metal ou compensado de madeira, em forma semicircular, forrada de fazenda ou pintada, abrangendo todo o fundo do palco. Serve, quando convenientemente iluminado, para dar a ilusão de céu, horizonte ou infinito, bem como, em casos especiais, para a projeção de efeitos cenográficos. Surgiu em meados do século XIX, para substituir as arcaicas “bambolinas de ares”, chegando a influenciar a técnica da decoração cénica.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 78]

COMÉDIA SATÍRICA

Tipo de peça que critica a sociedade ou a política de forma cómica.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

COMMEDIA DELL'ARTE

Forma teatral com início no séc. XVI, que se baseava no improviso e exigia muitas habilidades dos atores, como canto, dança e até malabarismo. Tinha personagens fixos e um ator passava, muitas vezes, a vida inteira interpretando o mesmo personagem.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

CONTRARREGRA

O responsável pelos objetos de cena e decoração. Durante o espetáculo segue o guião, dá os sinais para início e final do espetáculo e para a execução das tarefas dos demais técnicos e entrada dos atores em cena.

Profissional encarregado, a partir do projeto do espetáculo, de prover o cenário, a cena e os intérpretes, o material necessário para o perfeito desenvolvimento do espetáculo. É ao contrarregra, seguindo o plano preestabelecido pela direção do espetáculo e de sua própria iniciativa, que compete providenciar todo o material, tanto de apoio como de uso da cena e dos atores, incluindo a decoração de cena, com tudo o que for necessário para caracterizar o ambiente – móveis, peças decorativas e outros adereços adequados para a perfeita realização da trama prevista pelo texto. São também de sua responsabilidade as entradas dos intérpretes em cena, ao longo do espetáculo, momento em que deve lembrar ao ator a primeira fala da cena. Cabe-lhe também, no caso de não haver um sonoplasta, a produção dos efeitos sonoros, ruídos internos e a disciplina do palco e das coxias nas horas do espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 91]

CONTRACENA

O jogo de cena de um ator com outro.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 91]

CONTRACENAR

Atuar em cena em simultaneidade com outro ou outros atores, dando-lhes ou não réplica.

Ação e reação de um ator ou grupo de atores, enquanto outro conduz a cena principal, com o objetivo de manter a continuidade dramática; Ação ou diálogo secundário entre dois ou mais intérpretes, paralelo à ação principal; Cena simulada; cena muda de um ator, fisionómica ou expressiva, em relação ao que escuta ou lhe está no pensamento; ato de um intérprete escutar o seu oponente sem interferir com falas; fingir que dialoga enquanto os demais atores falam e agem.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 91]

CORRER NO TEXTO

Diz-se quando o ator confunde velocidade com ritmo, ou seja, diz o texto rapidamente precipitando as palavras e consequentemente também as ideias que lhe estão subjacentes. Geralmente está associada a esta forma de dizer o hábito de “gritar as palavras” em cena em vez de utilizar a técnica de projetar a voz.

[PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

D

DECLAMAÇÃO

Forma tradicional de designar a arte ou o modo de uma pessoa dizer poesias. Aplicada ao teatro, é o ato de o intérprete dizer o seu papel.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 102]

DECORAR

Memorizar o papel. É um dos requisitos para desempenhar a função de ator.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 1. Lisboa: Editorial Verbo. p 1077]

DEIXA

Palavra ou palavras do final de uma fala que indicam a ocasião da réplica do ator, de qualquer movimento, ou de qualquer intervenção por parte do contrarregra da luz ou do som.

A última palavra de uma fala, sinalizando a entrada ou interferência de outra personagem, quer falando, quer praticando uma ação física qualquer, dando continuidade à cena; gesto ou ruído previamente convencionado, indicando o início de uma nova ação dramática, que pode ser um movimento, uma fala, um bailado, ou até mesmo uma mutação de cenários e luzes; fala, gesto ou ruídos convencionados para a entrada de personagens, produção de sons, efeitos musicais ou especiais.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 103]

DEIXA DE EXECUÇÃO

Para os maquinistas, contrarregra, técnico de luz ou som, indica o momento exato da sua intervenção.

Fala ou sinal convencionado que indica ao maquinista, contrarregra, técnico de luz ou som, o instante de executar determinado efeito ou ação, previstos para aquele determinado momento.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 103]

DEIXA DE PREPARAÇÃO

A deixa que serve de aviso da proximidade da deixa de execução.

Palavra, ou grupo de palavras, convencionalmente escolhida (s) para servir de aviso para a deixa de execução.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 103]

DEIXAR CAIR OS FINAIS

Diz-se quando o ator ao dizer a sua fala num determinado tom e inflexão não mantém o mesmo volume e energia na elocução do texto, provocando um abaixamento do final da frase, o que denuncia uma técnica deficiente na forma de dizer o texto.

[PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

DEUS EX MACHINA

Do latim, significa literalmente “o deus que desce numa máquina”. É uma noção dramatúrgica que motiva o fim da peça pelo aparecimento de uma personagem inesperada.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

DICÇÃO

É o modo como a pessoa articula e pronuncia as palavras da língua portuguesa. Deverá corresponder a uma pronúncia clara e a uma correta entoação.

Técnica de uso da voz que permite ao ator dizer o seu texto com entendimento e clareza. Conforme a maneira de o ator emitir o seu som (a sua fala), a dicção pode ser bonita, feia, engraçada, ou truncada. Todo o ator precisa de uma boa dicção, considerando-se que é a voz o instrumento de trabalho mais importante de um profissional do teatro. A boa dicção só é conseguida com treino intensivo, através do qual o ator consegue dominar o seu instrumento de trabalho com grande precisão.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 105]

DIDASCÁLIAS

No teatro grego eram as instruções dadas aos atores pelo dramaturgo. Hoje são conhecidas na dramaturgia como rubricas ou indicações cénicas.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

DIEGESE

Conceito de narratologia, estudos literários, dramatúrgicos e de cinema que diz respeito à dimensão ficcional de uma narrativa. A diegese é a realidade própria da narrativa (“mundo ficcional”, “vida fictícia”), à parte da realidade externa de quem lê (o chamado “mundo real” ou “vida real”). O tempo diegético e o espaço diegético são, assim, o tempo e o espaço que decorrem ou existem dentro da trama, com suas particularidades, limites e coerências determinadas pelo autor.

O termo é de origem grega e foi divulgado pelos estruturalistas franceses para designar o conjunto de ações que formam uma história narrada segundo certos princípios cronológicos. O termo já aparece em Platão (“República”, Livro III) como simples relato de uma história pelas palavras do próprio relator (que não incluía o diálogo), por oposição a mimésis ou imitação dessa história recorrendo ao relato de personagens. Por outras palavras, o sentido da oposição que Sócrates estabelece entre diegese e mimese corresponde, respetivamente, à situação em que o poeta é o locutor que assume a sua própria identidade e à situação em que o poeta cria a ilusão de não ser ele o locutor. De notar que a teoria de Sócrates diz respeito à diferença entre o drama (que é sempre mimese) e o ditirambo (que é sempre diegeses), salvaguardando-se a natureza da épica (que é ambas as coisas).

Divergindo desta oposição clássica, a partir dos estudos da narrativa cinematográfica de Étienne Souriau (que chamava diegese àquilo que os formalistas russos já haviam chamado de fábula) aplicados por Gérard Genette à narrativa literária, considera-se diegese o conjunto de acontecimentos narrados numa determinada dimensão espácio-temporal (“l'univers spatio-temporel désigné par le récit”), aproximando-se, neste caso, do conceito de história ou intriga. Não se confunde com o relato ou o discurso do narrador nem com a narração propriamente dita, uma vez que esta constitui o “acto narrativo” que produz o relato.

[WIKIPÉDIA. Diegese. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diegese]

DIREÇÃO DO OLHAR (EM CENA)

Refere-se ao ponto para onde os atores olham durante a representação. Os atores não devem ter o “olhar perdido em cena” dado que distraem o espectador da ação que se pretende representar e destacar. O ponto para onde o ator olha é o foco de atenção para o espectador.

[PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

DIRETOR DE ATORES

A pessoa responsável por ensaiar os atores, devendo estar atento a toda as áreas que contribuem para uma representação eficaz: voz, articulação, movimento e domínio do espaço cénico.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 106]

DIRETOR DE CENA

Nas organizações administrativas mais complexas, é a pessoa que exerce função de apoio entre a direção da casa de espetáculos e o ensaiador, e é responsável por dirigir e administrar a “caixa do teatro”, zelando pela disciplina no palco e pelo andamento normal dos serviços. É a ele que compete estabelecer os horários dos ensaios, redigir e assinar as tabelas de serviço, e responsabilizar-se por toda a ação administrativa da caixa.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 107]

DITIRAMBO

Na antiguidade era o canto lírico para glorificar Dionísio. Evoluiu até chegar à tragédia. O Ditirambo (“hino em uníssono”), consistia numa ode entusiástica e exuberante dirigida ao deus, dançada e representada por um coro de 50 homens (cinco por cada uma das tribos da Ática) vestidos de sátiro (meio homem, meio bode, uma espécie de servo de Dionísio). O Ditirambo foi evoluindo para a ficção, para o drama, para a forma teatral, como a conhecemos hoje. Quem dirigia o ditirambo ia juntando gradualmente relatos de façanhas de heróis que tinham passado grandes tormentos pelo seu Povo.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]; [WIKIPÉDIA. Ditirambro. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditirambo]

DIVERTISSEMENT

Utilizado nos sécs. XVII e XVIII, eram apresentações que intercalavam espetáculos de teatro com dança e canto, cujos temas alternavam entre a ficção e a utilidade pública ou social.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

DIZER O TEXTO AOS “SOLUÇOS”

Diz-se quando o texto é dito sem se ligar à sequência das ideias, o que pode denotar alguma incompreensão relativamente àquilo que está a ser dito. Geralmente indica uma respiração errada, o que provoca esse efeito, considerado um erro grave uma vez que prejudica a compreensão e apreensão do texto.

[PLANO NACIONAL DE LEITURA. Ler + Teatro. [consult. 9 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/teatro/backstage.php]

DRAMATIS PERSONAE

Lista de personagens que, nos textos teatrais mais antigos, apresentava de forma resumida cada personagem da peça, orientando o espectador.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

DRAMATIZAÇÃO

Adaptação de um texto qualquer para um texto dramático destinado ao palco.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

DRAMATURGIA

Ofício de elaborar um texto com o objetivo de transpô-lo para os palcos, apresentando diante de um público as ideias contidas nesta obra. A palavra drama vem do grego e significa ação. Desse modo, o texto dramatúrgico é aquele que é escrito especificamente para representar a ação.

[WIKIPÉDIA. Dramaturgia. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dramaturgia]

E

ELENCO

Diz-se de uma companhia ou de uma peça. Os atores contratados pela empresa ou que fazem parte da distribuição de uma peça.

O conjunto de atores e atrizes, figurantes e técnicos que participam da montagem de um espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 116]

ENCENAÇÃO

Designa o complexo de atividades criativas necessárias para que um espetáculo se realize.

Jacques Copeau teorizou, dizendo: “Por encenação compreendemos o desempenho de uma ação dramática. É o conjunto dos movimentos, dos gestos e atitudes, o acordo das fisionomias, das vozes e dos silêncios, é a totalidade do espetáculo cénico, emanado de um pensamento único, que concebe, governa e harmoniza”.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 117]

ENCENADOR

Profissional com formação e informação adequadas para a realização técnica e estética do espetáculo. É aquele que define a linha artística do trabalho na direção do elenco, determinando sobre cenários, orientando figurinos, opinando sobre a iluminação, tendo, enfim, uma visão geral da obra a ser vista pelo público; sinónimo de diretor, é o artista que concebe o espetáculo como um todo, a partir de um texto dramático ou de outra proposta que possa prescindir do roteiro literário.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 117]

ENSAIAR

Levantar, repetir ou apurar uma cena com os atores. Acertar as luzes ou o som com a atuação destes em cena.

Harmonizar, a partir de uma proposta estética e técnica, a ação do elenco com as falas e os movimentos dramáticos sugeridos pelo texto literário.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 118]

ENSAIO

Treino metódico e sistemático feito com atores e técnicos, sob a orientação de um diretor teatral, visando a encenação de um espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 118]

ENSAIO À ITALIANA

Diz-se do ensaio que se realiza sem movimentação, no qual, só o texto é dito o mais rapidamente possível. Intervêm todos os atores. Também pode realizar-se parcelarmente ou por cenas.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIO COM ADEREÇOS

O ensaio em que os atores, embora sem a indumentária própria, já utilizam adereços de cena e de representação.

Realiza-se quando os atores são colocados pela primeira vez no cenário do espetáculo com os adereços de cena nos seus devidos lugares.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIO CORRIDO

Diz-se de um ensaio que se realiza sem interrupções. Pode ser feito com guarda-roupa ou com roupas de ensaio.

Ensaio feito com a movimentação das personagens/atores toda estabelecida, e ajustados os elementos da direção: serve para cronometrar o tempo do espetáculo e imprimir-lhe o ritmo desejado.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIOS DE APURO

Quando se pretende ensaiar uma cena em particular para final afinação dos diálogos e dos movimentos.

É a etapa em que o elenco começava a “interpretação fiel” da obra, devendo, para melhor proveito e rendimento do trabalho, ser feito dentro do respetivo cenário, com o mobiliário nos seus devidos lugares, todos os intérpretes de posse de seus pertences, execução de ruídos, efeitos de luz, tudo, enfim.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIOS DE IMPROVISAÇÃO

Quando a improvisação se inicia, aceita-se e reage-se a qualquer situação proposta pelos outros participantes devendo-se adicionar outras “linguagens”: sons, falas ou movimento. Depois de amplificada, a situação criada deve ser devolvida a outras personagens, ou à mesma. A espontaneidade e a intuição são fatores fundamentais no jogo da improvisação.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIOS DE LEITURA

Os ensaios de leitura ou à mesa, servem para todos os participantes contactarem com o texto que vai ser dramatizado. Permitem, nalguns casos, fazer uma escolha dos papéis em função do modo como cada participante lê e da forma como a voz e a personalidade de cada participante se adequa à personagem, ainda que, geralmente a distribuição dos papéis seja feita antecipadamente.

É nos ensaios de leitura que os atores se deparam com as dificuldades que as palavras podem levantar ao nível da articulação, ou seja, é necessário dizer todas as sílabas que as compõem de modo a que sejam percetíveis para a audiência, facilitando a sua compreensão.

Geralmente no primeiro ensaio de leitura são disponibilizados outros textos que ajudam a compreender melhor aquele que vão representar. Chama-se a isto fazer pesquisa. É bom conhecermos a vida e obra do autor que escreveu o texto, assim como, o que outros, os especialistas, escreveram sobre a obra.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIO DE MARCAÇÃO

Nos ensaios de marcação são combinados os movimentos, a gestualidade e a intencionalidade que conjuntamente com as “falas”, já decoradas, permitem a dramatização do texto. É neste ponto que as personagens evoluem, a partir das indicações dadas e das sugestões que cada intérprete descobre para a sua personagem, enriquecendo o trabalho. A construção da personagem assim como a interação com as outras, deve ser continuada e melhorada com os ensaios que decorrem até à estreia.

Etapa dos ensaios em que é definida a movimentação geral das personagens.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENSAIO GERAL

Diz-se do ensaio no qual, tal como no espetáculo, já dentro da cena armada, os atores se apresentam caracterizados, vestidos com a indumentária de cena e os adereços que fazem parte do espetáculo. Intervém também, tal como durante toda a carreira do espetáculo, todo o pessoal da maquinaria, da contrarregra, da luz e do som.

Normalmente é o último ensaio antes da estreia do espetáculo, em que é estabelecido o ritmo geral. Esse ensaio é basicamente um espetáculo experimental, com todos os elementos em funcionamento, momento em que são regulados e definidos todos os efeitos de luz e som, permitindo um balanço antecipado do espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 119]

ENTREATO

Lapso de tempo entre os atos durante o qual a peça é interrompida e o público deixa provisoriamente a sala de espetáculo. O entreato, embora tenha funções técnicas, também tinha funções sociais, como no Renascimento, onde os espectadores se encontravam e conversavam. Daí surgiu o ritual do foyer na Ópera.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

ENTREMEZ

Peça de curta duração, de género burlesco ou jocoso, apresentada em festas ou entre atos de peças de teatro onde eram representados personagens do povo.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

ESPETÁCULO

Representação de uma peça de teatro para um público.

Representação teatral, ou qualquer exibição pública ou privada de uma obra dramática; Resultado visual da releitura do texto feita pelo diretor e elenco.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 123]

ESTREIA

Exibição do espetáculo perante o público pela primeira vez.

A primeira representação de um espetáculo para o público; a primeira vez que um artista ou um elenco se apresenta num determinado local.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 125]

EXPRESSIVIDADE E EXPRESSÃO VOCAL

A voz é uma das principais “ferramentas” de que dispomos para representar. A escolha adequada das inflexões (a forma como modulamos a voz para comunicar com os outros) ajuda a construir as personagens, a fazê-las “saltar” do texto para o espaço cénico, ou seja, a dar-lhes vida: corpo e alma. Quando se estuda uma personagem experimenta-se comunicar, através da voz, estados de espírito e características, que permitam ao público perceber o que aquela personagem pretende representar. Experimenta-se e ensaia-se até encontrar as inflexões que melhor se encaixam na personagem.

É também nos ensaios de mesa, ou de leitura, que se descobre, dizemos no teatro, que se “aponta”, a forma como a personagem vai evoluindo ao longo das cenas.

Uma voz bem preparada permite falar corretamente, com melhor articulação, projeção e confiança, ou seja, podemo-nos fazer ouvir melhor e mais longe, num espaço de representação ou em qualquer lugar.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 1067]

F

FÉERIE

Género teatral de origem francesa conhecido pelos enredos fantásticos e pelos efeitos visuais que incluíam cenários sumptuosos e efeitos mecânicos no palco. As peças juntavam música, dança, pantomina e acrobacias, assim como números de magia encenados por cenógrafos e técnicos para contar histórias melodramáticas. O género surgiu no início do séc. XIX e tornou-se muito popular em França, influenciando o desenvolvimento do burlesco e da comédia musical.

[WIKIPÉDIA. Féerie. [consult. 12 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Féerie]

FERRADURA

Nome dado à forma habitual da plateia nos teatros à italiana.

[AA.VV. (1983) “Encyclopaedia Britannica Macropaedia”, 15ª edição, Vol. 18. EUA: Encyclopaedia Britannica, Inc. p 236-251]

FIGURAÇÃO/FIGURANTE

As pessoas que entram em cena caracterizadas e vestidas como convém, mas que nem falam nem cantam.

Conjunto dos atores que entram em cena apenas para fazer volume no elenco, normalmente na pele de povo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 132]

FIGURINISTA

Aquele que cria os trajes e complementos usados em cena pelos atores e figurantes, escolhe materiais e supervisiona a sua execução.

Profissional que cria, projeta e orienta a confeção do vestuário das personagens de um espetáculo, indicando, em alguns casos, até mesmo os materiais a serem utilizados, inclusive os complementos a serem usados por cada um dos intérpretes.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 133]

FIGURINO

É a designação que se dá ao traje usado por um intérprete, durante a representação.

É composto por todas as roupas e acessórios das personagens que, forçosamente, terão de estar em consonância com a intenção da cena, e integrados de forma harmoniosa, com todos os restantes elementos: cenário e iluminação.

As roupas usadas pelos intérpretes ao longo do espetáculo. O figurino deve refletir a época em que a ação se desenrola, a situação social, religiosa, económica e até mesmo política de quem os usa; traje de cena.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 133]

G

GUARDA-ROUPA

Conjunto dos vestuários e acessórios de um espetáculo; figurino.

O profissional de uma casa de espetáculos, responsável pelo acervo de roupas dos espetáculos.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 144]

GUIÃO

Registo escrito do espetáculo contendo o texto principal e as indicações técnicas a serem executadas por todos os setores técnicos.

Texto que resulta do desenvolvimento do argumento da peça teatral dividido em cenas, com as rubricas técnicas, cenários e todos os diálogos.

[HOUAISS, A. (2011) “Dicionário do Português Atual”. Lisboa: Círculo de Leitores. p 1238]

H

HAPPENING

Espetáculo com a participação do público, através da proposta de uma participação voluntária ou de ações de provocação que o leve a reagir.

Forma parateatral situada entre o que até então se entendia como arte dramática e o facto real. Espetáculo único, preparado, mas nunca repetido, o “happening” foi visto pela primeira vez em outubro de 1959, na Reuben Gallery de Nova Iorque, com a mostra dos “Dezoito Happenings em seis partes”, de Allan Kaprow.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 147]

I

ILUMINAÇÃO

Conjunto de luzes ou pontos luminosos que servem para realçar o espetáculo, e não apenas torná-lo visível para a plateia.

Técnica de dispor as luzes em cena, de acordo com um plano pré-elaborado.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 152]

IMPROVISAR/IMPROVISAÇÃO

Técnica utilizada pelos encenadores e atores para ajudar a encontrar atitudes, registos de voz e comportamentos que sirvam para a construção das personagens e cenas que constituem o espetáculo. O teatro do improviso constitui-se, atualmente, num género de espetáculo teatral.

Técnica onde o ator interpreta algo imprevisto, não preparado previamente e inventado no momento.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 2. Lisboa: Editorial Verbo. p 2049]; [OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

INTERLÚDIO

Composição musical tocada entre os atos de um espetáculo, com objetivo de ilustrar ou variar o tom da peça e facilitar as mudanças de atmosfera ou cenário.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

INTERVALO

O tempo entre dois atos para descanso do espetáculo e arranjo da cena.

Tempo sem nenhuma ação no palco, que transcorre entre os atos ou quadros de um espetáculo, necessário para mudanças de cenários ou outras alterações.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 154]

INTRIGA

Sucessão de acontecimentos ao longo de uma peça que lhe formam o sentido para o espectador acompanhar as cenas.

Na estrutura dramática de uma peça, o elemento que se segue à exposição e culmina no clímax e no desenlace, durante o qual se desenvolvem os caracteres e incidentes imaginados pelo dramaturgo; enredo; trama.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 154]

J

JOGO CÉNICO

O conjunto orgânico das marcações de um espetáculo, incluindo a movimentação dos atores, diálogos, jogos de luzes, cenários, divisão das cenas, dos atos, o ritmo, a atmosfera do espetáculo, e até mesmo os intervalos.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 158]

JOGRAL

Na Idade Média, o trovador ou intérprete de poemas e canções de carácter épico, romântico ou dramático; espécie de ator ambulante que percorria cidades e povoados cantando e recitando em praças públicas, para o povo, ou nas cortes senhoriais. O jogral era simultaneamente instrumentista, bailarino e cantor.

Aquele que interpreta poemas ou canções; recitador; declamador; trovador.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 158]

K

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L

LAZZI

Lazzi (do italiano “lazzo”, no singular: rotina ou piada) é uma ação cómica estruturada e muito bem ensaiada, usada na Commedia dell'arte e no teatro de feira. Compõe-se de toda a forma de estrutura burlesca, sejam jogos de palavras, ações e gestos grotescos para serem desenvolvidos nas farsas. Em geral os lazzi eram mais descrições de rotinas estabelecidas, não textos dialogados.

Este jogo teatral, apesar de possibilitar improvisações, era sempre muito bem ensaiado pela companhia.

[WIKIPÉDIA. Lazzi. [consult. 12 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lazzi]

LEITURA

Segundo a tradição, a primeira e essencial etapa para a encenação de um espetáculo, quando o elenco toma conhecimento do conjunto do texto a ser encenado. O ideal é que a primeira leitura seja feita com a presença de todos os integrantes do elenco – intérpretes e técnicos.

Essa leitura pode ser feita pelo diretor, por um ou vários membros da equipa. Quando existia a figura do ponto, era a este que competia tal função.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 167]

LEITURA DRAMÁTICA

Forma de espetáculo despido dos acessórios cénicos, do tipo cenários, figurinos, luzes especiais, quando os atores fazem uma leitura interpretativa do texto.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 167]

LEITURA GERAL

A primeira leitura da peça para todo o elenco. Antigamente, quando as companhias encomendavam a um dramaturgo um texto para encenar, essa tarefa competia ao próprio autor.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 167]

LEITURA DE MESA

Primeira etapa dos ensaios de uma peça, com a participação do diretor, atores e demais colaboradores. Sentados em torno de uma mesa (real ou imaginária), os atores fazem a leitura do texto, em voz alta, enquanto o diretor ou contrarregra lê as rubricas. As leituras de mesa devem ser feitas em grande número, e diretores célebres, conscientes da sua grande responsabilidade na construção de um espetáculo, admitem que essa etapa deve ocupar no mínimo um terço do tempo despendido para todos os ensaios.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 167]

LEITURA DE PALCO

Nesta etapa, ainda preliminar, os atores já fazem a leitura em pé.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 167]

LUMINOTÉCNICO

Aquele que trabalha com o equipamento de iluminação, concebendo, por vezes, o desenho da luz.

Profissional que cria e faz funcionar a iluminação do espetáculo, a partir de um projeto de parceria com o diretor do espetáculo, o figurinista e o cenógrafo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 152]

M

MANOBRA

Mutação ou parte da mutação dos cenários. Essa operação é normalmente feita da varanda. Por extensão, pode-se chamar de manobra a todos os movimentos necessários às mudanças de cena.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 175]

MAQUETE

Projeto do cenário feito à escala, apresentado em três dimensões.

Modelo em miniatura de um cenário onde estão representados todos os detalhes. De grande utilidade para o trabalho do cenotécnico, diretor e luminotécnico.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 175]

MÁQUINA DE FUMOS

Aparelho onde se produz o fumo necessário para algum efeito em cena (nevoeiro, fogo, etc.)

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 176]

MARCAÇÃO

O conjunto de movimentos estabelecidos pelo diretor para o desenvolvimento da ação, em cena, desde as entradas e saídas de cada intérprete, postura e localização de cada personagem dentro do cenário, produção de ruídos, efeitos de luz e som, até ao mínimo gesto que possa contribuir para o entendimento da ação dramática. Todo o plano de uma produção profissional exige um minucioso projeto de marcação, sendo usuais a marcação de luz, de som, etc.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 177]

MARCAR LUZES

Trabalho que consiste em colocar, apontar e afinar todos os projetores para depois iluminar cada cena, fazendo registo num roteiro, de luz.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 177]

MARCAR UMA CENA

Diz-se quando os atores juntam o movimento e a gestualidade ao texto das personagens que representam, de forma a dar-lhes um sentido e significado que o público entenda. Para isso, é necessário combinar o conjunto de movimentos que todos têm de realizar e interpretar. Geralmente, é o encenador quem transmite essas indicações para serem trabalhadas e ajustadas ao longo dos ensaios.

Ação de fazer a marcação (o diretor) ou marca (o/a intérprete), anotação gráfica minuciosa que cada intérprete faz no seu texto, de acordo com as sugestões do ensaiador quanto à sua movimentação em cena: entradas, saídas, gestos, comportamento e até determinadas entoações de algumas falas especiais.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 177]

MELODRAMA

Originário do grego &#956;&#941;&#955;&#959;&#962; = canto ou música + &#948;&#961;&#940;&#956;&#945; = ação dramática, refere-se, algumas vezes, a um efeito utilizado na obra, outras como estilo dentro da obra e outras como género.

O melodrama teatral surge oficialmente como género em 1800 com a obra “Coeline”, de René-Charles Guilbert de Pixérécourt (1773-1844), definindo um tipo complexo de espetáculo cénico iniciado após a Revolução Francesa. Com forte influência do teatro das feiras e da pantomima utiliza máquinas, cenas de combate e danças para a construção das suas cenas e conta, em na sua construção dramática, com a alternância de elementos da tragédia e da comédia.

O melodrama teatral surgiu com grande sucesso público em temporadas que, pela primeira vez na história do teatro, ultrapassaram as mil representações, isto tornou-o no primeiro género teatral de características internacionais.

O seu sucesso duradouro tornou-o no principal género teatral e literário do século XIX e, posteriormente, fez com que o melodrama teatral fosse absorvendo e exportando elementos a todos os estilos, formas e géneros artísticos que surgiram durante este período, principalmente o folhetim.

No final do século XIX, as novas propostas estéticas que surgiram, entre elas o naturalismo, acabaram por negar muitas das formas utilizadas na interpretação do melodrama, que foram consideradas antinaturais, o que disseminou um excessivo valor negativo a tudo o que fosse considerado melodramático, que se tornou sinónimo de uma interpretação exagerada, antinatural, assim como de efeitos de apelo fácil à plateia.

[WIKIPÉDIA. Melodrama. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodrama]

MUTAÇÃO

Transformação total ou parcial de uma parte ou de todo o cenário no desenrolar de uma cena, ou no final de um quadro, ou de um ato. Pode ser realizada no escuro, à vista do espectador, o qual é atordoado (ou não) com fortes focos de luz ou tem a sua visibilidade perturbada por cortinas de fumo, ou outros recursos, ou com o pano de boca fechado.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 195]

N

NAIPE (DE ATORES)

O grupo de atores ou atrizes de um determinado tipo, geralmente caracterizado pelas idades e género.

[AA.VV. (2001) “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa”, Vol. 2. Lisboa: Editorial Verbo. p 2564]

O

Não existem entradas para a letra "O".

P

PALCO

Espaço da caixa do teatro reservado para a atuação dos intérpretes. Modernamente, o palco é formado por um conjunto que engloba o proscénio ou ribalta, a boca de cena, as coxias ou bastidores, os urdimentos, camarins, porões e tudo o mais que fica abrigado por trás do pano de boca.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 209]

PANO DE BOCA

Cortina de boca de cena que caracteristicamente se movimenta nos sentidos laterais, fechando ou abrindo nas mudanças de atos, encerramentos ou aberturas das sessões.

A cortina situa-se na linha da boca de cena, nos palcos à italiana. Serve para ocultar o ambiente cenográfico da vista do público, antes do começo do espetáculo; cortina de boca, ou, simplesmente, cortina.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 211]

PATEADA

Forma de protesto caracterizado pelo ruído que os espectadores fazem, batendo com os pés no chão para protestar quando uma peça não lhes agrada.

Manifestação de descontentamento e desagrado por parte do público, diante de um espetáculo que não lhe agrada, por meio de sapateados sobre o piso da plateia, assobios, apupos. Podia ser dirigida a um só intérprete, como ao elenco, ou mesmo ao autor simbolizado pelo texto. Uma das formas da vaia teatral.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 214]

PERSONAGEM

Personagem é qualquer entidade de uma história ou obra. Pode ser humana, animal, um ser fictício, um objeto ou qualquer coisa. Também podem ter nomes, ou não, e assumir diferentes personalidades.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 217]

PLANO CENOGRÁFICO

Plano segundo o qual devem ser armados ou desarmados os cenários, de acordo com as determinações do cenógrafo e do diretor do espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 220]

PLANO DE LUZ

Roteiro organizado de forma minuciosa pelo eletricista e luminotécnico, que garanta um acompanhamento seguro e no momento exato, da iluminação do espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 220]

PONTA

Um pequeno papel.

Papel de pouca extensão e sem muita interferência no enredo de uma peça ou de um espetáculo, mesmo assim nem sempre de pouca importância; rábula.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 222]

PONTAR

Sussurrar as palavras aos atores em cena.

Ato de uma pessoa ler o texto da peça durante o espetáculo, soprando aos atores em cena as palavras dos diálogos, com o objetivo de lembrar alguma fala de repente esquecida; arte de falar de forma inaudível para a plateia, mas claramente compreensível para o ator em cena.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 223]

PONTO

O profissional que “sopra” as palavras aos atores em cena, quando estes se esquecem de uma palavra ou frase. Atualmente, o trabalho do Ponto desenvolve-se durante os ensaios, quando os atores ainda não decoraram bem os papéis.

Profissional integrado num elenco, que serve de apoio aos artistas durante o espetáculo, e cuja função é ditar baixinho partes do texto (palavras, sílabas e até mesmo marcações) que não estão bem memorizados pelo intérprete, corrigindo-lhe, assim, eventuais lapsos de memória; cabe-lhe também dar ao pessoal técnico as deixas de preparação ou de execução de manobras e efeitos.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 223]

PROFISSÕES DO TEATRO

Para o espetáculo teatral intervêm profissionais das mais diversas especialidades e que exercem funções de tipo mais acentuadamente técnico ou artístico.

Abaixo está um quadro com a lista das profissões mais relevantes, agrupadas pelo tipo de função.

Artística Ator Principal agente de expressão ou comunicação num espetáculo teatral. O texto teatral, em princípio, só adquire vida ao ser animado pelo ator. É ele que empresta plenitude física e espiritual ao texto do dramaturgo, usando o seu corpo e voz para comunicar ao público a personagem que interpreta. Por essa qualidade é que o ator é essencialmente o instrumento de expressão teatral, o elemento preciso de um espetáculo, desenvolvendo até as últimas consequências o material que lhe é fornecido pelo autor e pelo diretor.

Artística Aderecista Profissional especializado na confeção dos materiais a serem usados em cena. O aderecista trabalha sempre de comum acordo com a direção do espetáculo, junto ao cenógrafo e contrarregra – quando não é este quem acumula esta função.

Artística Cenógrafo Profissional com formação adequada para encenar plasticamente um texto dramático – peça teatral, ballet, revista, musical, etc.; técnico responsável pelo projeto dos cenários de um espetáculo, podendo ser ou não um artista plástico ou até mesmo um arquiteto. O cenógrafo não só cria, como deve acompanhar a construção dos cenários.

Artística Coreógrafo Profissional especializado em dança e expressão corporal, que cria e coordena o movimento dos atores em cena, ou compõe e transcreve situações a partir de signos e sinais convencionais, ou executa bailados.

Artística Coro Conjunto de atores que representavam o povo no teatro clássico. Parte de uma obra dramática, declamada ou cantada por vários atores. Na sua origem histórica, na tragédia e na comédia grega, o coro narrava ou comentava a ação, cantando ou declamando.

Artística Diretor artístico Coordenador de toda a ação do espetáculo e elemento padronizador da unidade cénica. Assume a responsabilidade integral da obra a ser realizada, que pode ir desde a escolha do texto a ser encenado, à seleção dos atores a interpretá-lo, ensaiador.

Artística Dramaturgista O diretor literário cuja principal atividade é a seleção de textos e o trabalho junto dos dramaturgos, se necessário, para a revisão e adaptação das suas obras.

Artística Dramaturgo O autor teatral; aquele que escreve peças de teatro

Artística Encenador Profissional com formação e informação adequadas para a realização técnica e estética do espetáculo. É ele que define a linha artística do trabalho na direção do elenco, determinando sobre cenários, orientando figurinos, opinando sobre a iluminação, tendo, enfim, uma visão geral da obra a ser vista pelo público; é o artista que concebe o espetáculo como um todo, a partir de um texto dramático ou de outra proposta que possa prescindir do roteiro literário.

Artística Figurantes Pessoa que entra em cena para compor a ação, quer só, quer formando grupos de multidão, com a única função de fazer número.

Artística Figurinista Profissional que cria, projeta e orienta a confeção do vestuário das personagens de um espetáculo, indicando, em alguns casos, até mesmo os materiais a serem utilizados, inclusive os complementos a serem usados por cada um dos intérpretes.

Artística Iluminador / Luminotécnico / Light designer Profissional que cria e faz funcionar a iluminação do espetáculo, a partir de um projeto de parceria com o diretor do espetáculo, o figurinista e o cenógrafo.

Artística Ponto Profissional que serve de apoio para os artistas, durante o espetáculo, e cuja função é ditar baixinho partes do texto (palavras, sílabas e até mesmo marcações) que não estão bem memorizados pelo intérprete, corrigindo-lhe, assim, eventuais lapsos de memória; cabe-lhe também dar ao pessoal técnico as deixas de preparação ou de execução de manobras e efeitos. O uso do ponto, no proscénio, foi abolido, tendo sido substituído pelo ponto eletrónico, que consiste num pequeno aparelho colocado no ouvido do intérprete e operado por controlo remoto.

Artística Sonoplasta / Sound designer O artista que cria a banda sonora de um espetáculo; É responsável pelos efeitos de som de um espetáculo que envolve música, ruídos, efeitos especiais.

Técnica Assistente de direção de cena O principal auxiliar do diretor do espetáculo e seu eventual substituto. Atua normalmente como ensaiador, seguindo a orientação do diretor. É quem quase sempre faz todas as anotações das indicações técnicas dadas aos atores, referentes à marcação e atitudes, atividade dos técnicos e equipa de operações, no que diz respeito à movimentação de cena, iluminação, efeitos de som, etc.

Técnicas Cabeleireira de cena Profissional especializado no arranjo das cabeleiras e dos penteados dos intérpretes. É quem, em momentos especiais, se responsabiliza pela confeção das cabeleiras, postiços e demais apliques a serem usados pelos intérpretes, em cena.

Técnica Caracterizador / Maquilhador de cena Profissional especializado em caracterização (maquilhagem). Profissional responsável pela preparação do rosto dos intérpretes que vão atuar em cena.

Técnica Chefe maquinista e de montagem O chefe principal de uma equipa de maquinistas, responsável pela atuação e supervisão de todo o pessoal técnico, quer seja o que atua no palco, quer os que estão operando das varandas;

Técnica Contrarregra Profissional encarregado, a partir do projeto do espetáculo, de prover ao cenário, cena e intérpretes, o material necessário para o perfeito desenvolvimento do espetáculo. É ao contrarregra, seguindo o plano preestabelecido pela direção do espetáculo e de sua própria iniciativa, que compete providenciar todo o material, tanto de apoio, como de uso da cena e dos atores, incluindo a decoração de cena, com tudo o que for necessário para caracterizar o ambiente – móveis, peças decorativas e outros adereços adequados para a perfeita realização da trama prevista pelo texto. São também de sua responsabilidade as entradas dos intérpretes em cena, ao longo do espetáculo, momento em que deve lembrar ao ator a primeira fala da cena. Cabe-lhe também, no caso de não haver um sonoplasta especial, a produção dos efeitos sonoros, ruídos internos e a disciplina do palco e das coxias nas horas do espetáculo.

Técnica Costureira de cena Executante do guarda-roupa e responsável pelo bom estado das roupas e adereços que os atores usarão no espetáculo.

Técnica Diretor de cena Nas organizações administrativas mais complexas, pessoa que exerce função de apoio entre a direção da casa de espetáculos e o ensaiador, e é responsável por dirigir e administrar a caixa do teatro, zelando pela disciplina no palco e pelo andamento normal dos serviços. É a ele que compete estabelecer os horários dos ensaios, redigir e assinar as tabelas de serviço, e responsabilizar-se por toda a ação administrativa da caixa.

Técnica Diretor de produção Gestor do orçamento e responsável pelo cumprimento dos prazos estabelecidos, faz ainda a contratação de todos os elementos (técnicos e artísticos), bem como a elaboração dos contratos em colaboração com o jurista do teatro.

Técnica Diretor técnico Responsável por toda a área técnica, coordena todos os sectores técnicos, a manutenção de equipamentos técnicos e de palco e a aquisição de novos equipamentos. É o coordenador da equipa técnica (iluminação, sonoplastia, guarda-roupa, serralharia, maquinistas, carpinteiros). Tem ainda a seu cargo a construção e a execução do projeto de maqueta, apresentado pelo cenógrafo. Acompanha toda a montagem do espetáculo até ao dia da estreia.

Técnica Eletricista Técnico responsável pela execução das luzes de um espetáculo e instalações elétricas de um teatro. É o eletricista, orientado pelo iluminador, que coloca em posição de uso os efeitos de luz de um espetáculo.

Técnica Maquinista Profissional responsável pela montagem dos cenários em todos os seus detalhes, movimentação e troca dos mesmos durante o espetáculo, a partir do projeto do cenógrafo. É também o responsável pela afinação dos panos, movimento das cortinas e pelo bom funcionamento do palco e da caixa do teatro.

Técnica Mestra de guarda-roupa Profissional responsável pela execução do guarda-roupa com os figurinos criados pelo figurinista. Coordena a equipa de costureiras.

Técnica Técnicos de luz São os técnicos de luz que integram a equipa.

Técnica Técnicos de som e vídeo O técnico encarregado dos efeitos de som e audiovisuais de um espetáculo que envolve música, projeção de vídeo, ruídos, efeitos especiais.

PROJETOR

Aparelho elétrico munido de refletor, de uma lâmpada e de um jogo de lentes, destinado a projetar sobre a cena um foco de luz.

Aparelho de iluminação provido de lentes especiais, no qual a lâmpada se pode aproximar ou distanciar, de modo a abrir ou fechar o cone de luz.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 226]

PROSCÉNIO

Parte do palco, normalmente em curva, que avança desde a boca de cena até ao fosso da orquestra, em direção à plateia; pode ser fixo ou não. Nos antigos teatros gregos e romanos, era o espaço do palco compreendido entre a cena e o espectador, onde se verificava a maior parte da ação dramática.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 226]

PROTAGONISTA

Diz-se do ator que num espetáculo desempenha o papel considerado principal.

A principal personagem de uma peça teatral; personagem cuja história é relatada no enredo e, muitas vezes, é a chave de toda a peça.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 226]

Q

QUARTA PAREDE

Parede imaginária situada na frente do palco do teatro, através da qual a plateia assiste passiva à ação do mundo encenado.

A origem da expressão é incerta, mas presume-se que o conceito tenha surgido no século XVIII, com as teorias propugnadas por Denis Diderot (1713-1784), quando este aponta:

“Então, caso façais uma composição, ou caso representeis, pensai no espectador apenas como se este não existisse. Imaginai, na borda do teatro, uma enorme parede que vos separe da plateia; representai como se a cortina não se levantasse”.

A quarta parede é parte da suspensão de descrença entre o trabalho fictício e a plateia. A plateia normalmente aceita passivamente a presença de uma quarta parede sem pensar nela diretamente, fazendo com que uma encenação seja tomada como um evento real a ser assistido. A presença de uma quarta parede é um dos elementos mais bem estabelecidos da ficção e levou alguns artistas a voltarem a sua atenção para ela como efeito dramático.

O ato de “derrubar a quarta parede” é usado no cinema, no teatro, na televisão e na arte escrita, e tem origem na teoria do teatro épico de Bertolt Brecht (1898-1956), que desenvolveu a partir e, curiosamente, para contrastar com a teoria do drama de Constantin Stanislavski (1863-1938). Refere-se a uma personagem que dirige a sua atenção para a plateia, relembrando que as personagens e ações não são reais. O efeito causado é que a plateia toma consciência de que está a ver ficção, e isso pode eliminar a suspensão de descrença. Muitos artistas usaram este efeito para incitar a plateia a ver a ficção sob outro ângulo e assisti-la de uma forma menos passiva. Brecht estava ciente de que “derrubar a quarta parede” encorajaria a plateia a assistir à peça de uma forma mais crítica.

Derrubar a quarta parede de forma súbita é um recurso bastante utilizado para um efeito humorístico “nonsense”, já que é inesperado em ficções narrativas e afins. Alguns acreditam que “derrubar a quarta parede” causa um distanciamento da suspensão de descrença ao ponto de contrastar com o humor de uma história. No entanto, quando usada de forma consistente ao longo da peça, é geralmente incorporada ao estado passivo da plateia.

Essa exploração da familiaridade de uma plateia com as convenções da ficção é um elemento-chave em muitos trabalhos definidos como pós-modernistas, que desconstroem as regras preestabelecidas da ficção. A ficção que derruba ou diretamente se refere à quarta parede muitas vezes também usa outros recursos pós-modernistas.

O recurso é muito usado no teatro improvisado, onde a plateia é convidada a interagir com os atores em certos pontos da história, como para escolher a resolução de um mistério. Neste caso, os espectadores são tratados como testemunhas da ação em andamento, tornando-se “atores” e atravessando a quarta parede.

[WIKIPÉDIA. Quarta Parede. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_parede]

QUARTELADA

Divisão do chão do palco, construída com tábuas móveis, que se podem retirar para formar alçapões.

Divisões do piso do palco em pranchas, perfeitamente ajustadas e removíveis quando a encenação exigir, para fingir porões, produzir efeitos mágicos, dar a ideia de que a cena do palco se encontra num andar superior de um edifício, etc.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 230]

R

RIBALTA

Rampa de luzes situada na sanca da boca de cena, de forma a iluminar o palco de baixo para cima.

Na linguagem dos técnicos em iluminação, a fileira de lâmpadas dispostas ao longo do proscénio, entre a cena e o poço da orquestra, ao nível do piso do palco, protegida por uma calha, para ocultá-la da visão do público. Voltadas para cima, a função dessas luzes é iluminar o primeiro plano do palco e o rosto dos atores.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 236]

ROMPIMENTO

Espaço que medeia entre os sucessivos jogos de pernas laterais e bambolinas, formando enquadramentos da cena.

Elemento delimitador da cena, também chamado de perna (quando de tecido) ou bastidor (em armação de madeira forrada de pano). Em número necessário para cumprir a sua finalidade, compõe as laterais dos cenários tradicionais, principalmente dos espetáculos musicais, garantindo a proteção da entrada dos intérpretes. Cenários seccionados, colocados verticalmente nas partes laterais, com a finalidade de bloquear a visão do movimento interno da caixa do teatro, da plateia.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 237]

S

SAÍDA FALSA

Recurso de marcação utilizado pelo ator, por sugestão do texto ou da direção do espetáculo, que consiste em interromper a saída de cena.

Movimento falso de saída de cena.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 239]

SALTIMBANCO

Na época medieval, era um artista popular que nas praças públicas, em cima de um estrado, fazia demonstrações de habilidades físicas e teatro improvisado antes de vender ao público objetos variados.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

SOLILÓQUIO

Discurso que uma personagem mantém consigo mesma. O mesmo que monólogo.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

SONOPLASTA

O técnico encarregado dos efeitos de som de um espetáculo que envolve música, ruídos, efeitos especiais.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 246]

SONOPLASTIA

Elaboração dos sons que acompanham um espetáculo, em banda sonora ou ao vivo.

Conjunto de sons, músicas e ruídos produzidos nos bastidores ou em mesas e cabines especiais, que acompanham a ação dramática, ora marcando passagens, ora ilustrando.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 246]

T

TEATRO À ITALIANA

Diz-se de uma sala de espetáculos em forma de ferradura, colocada perpendicularmente ao palco e rodeada por filas de camarotes. Este tipo de salas, para além de permitir uma boa visão do espetáculo, tinha como objetivo, no século XIX, em termos sociais, permitir ao público ser visto e mostrar-se. O palco era constituído por recursos específicos que permitiam fazer aparecer e desaparecer objetos e pessoas através dos alçapões e quarteladas. A estes efeitos chamava-se “mágica”. Um exemplo é o Teatro Alla Scalla de Milão.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 258]

TEATRO DA CRUELDADE

Expressão criada por Antonin Artaud (1896-1948) para um projeto de representação que faz com que o espectador seja submetido a um tratamento de choque emotivo.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

TEATRO DE RUA

Teatro que se produz em locais exteriores às construções tradicionais: rua, praça, mercado, metro, universidade, etc.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

TEATRO ÉPICO

O teatro épico é produto do forte desenvolvimento teatral na Rússia, após a Revolução Russa de 1917, e na Alemanha, durante o período da República de Weimar, tendo como seus principais iniciadores o diretor e ator russo Vsevolod Emilevitch Meyerhold (1874-1940) e o diretor teatral alemão Erwin Piscator (1893-1966). Nesse tempo, as cenas épicas alemãs recebiam o nome de cena Piscator, dado o extensivo uso de cartazes e projeções de filmes nas peças dirigidas por Piscator. No entanto, o grande propagandista do teatro épico foi Bertolt Brecht (1898-1956).

O crítico norte-americano Norris Houghton (1909-2001) afirma que Brecht e Piscator aprenderam o teatro épico de Meyerhold e que nós o conhecemos através de Brecht.

Brecht afirma que sempre existiu teatro épico, seja na intervenção do coro no teatro da Grécia Clássica, seja na Ópera Chinesa, e até mesmo no Dadaísmo.

O teatro épico consiste numa forma de composição teatral que polemiza com as unidades de ação, espaço e tempo e com as teorias de linearidade e uniformidade do drama, fundamentadas em determinada compreensão da “Poética” de Aristóteles elaborada na França renascentista. A catarse perde o seu espaço na conceção teatral épica. Não procura envolver o espectador numa manta emocional de identidade com o personagem e fazê-lo sentir o drama como algo real, mas despertá-lo como um ser social. Segundo Brecht, a catarse torna o homem passivo em relação ao mundo e o ideal é transformá-lo em alguém capaz de entender que os valores que regem o mundo podem e devem ser modificados.

Um dos pressupostos do teatro épico é o efeito de distanciamento ou de estranhamento por parte do espectador. O ator não busca identificação plena com a personagem. O cenário expõe toda sua estrutura técnica, deixando claro que aquilo é teatro, e não a realidade. O enredo desenvolve-se sem um encadeamento linear cronológico entre as cenas, de modo a poder misturar o presente e o passado, procurando evitar o envolvimento do ator e do espectador na trama, sempre com o intuito de provocar a reflexão e despertar uma visão crítica do que se passa, sem levar ao desfecho dramático e natural. Segundo Brecht: “Estranhar tudo que é visto como natural”.

[WIKIPÉDIA. Teatro Épico. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_épico]

TEATRO ÉPICO VS. TEATRO DRAMÁTICO

Em 1930, no prefácio de “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny”, Brecht (1898-1956) desenvolve o seu entendimento sobre o teatro épico, descrevendo 18 distinções entre a forma épica e a forma dramática. Ressalta, porém, que esse esquema não pretende impor contraposições absolutas, mas apenas “deslocamentos de acentuações”. Assim, Brecht destaca que, dentro de um processo de comunicação, pode-se dar preferência ao que se sugere por via do sentimento (dramático) ou ao que se persuade através da razão (épico).

[WIKIPÉDIA. Teatro Épico. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_épico]

O palco corporifica uma ação O palco relata a ação

Compromete o espectador na ação e consome a sua atividade Transforma o espectador em observador e desperta a sua atividade

Possibilita sentimentos Obriga o espectador a tomar decisões

Proporciona emoções, vivências Proporciona conhecimentos

O espectador é transportado para dentro da ação O espectador é contraposto a ela

Trabalha-se com a sugestão Trabalha-se com argumentos

Conservam-se as sensações As sensações levam a uma tomada de consciência

O homem apresenta-se como algo conhecido previamente O homem é objeto de investigação

O homem é imutável O homem transforma-se e transforma

A tensão em relação ao desenlace da peça A tensão em relação ao andamento

Uma cena existe em função da seguinte Cada cena existe por si mesma

Os acontecimentos decorrem linearmente Os acontecimentos decorrem em curvas

Natureza não dá saltos – “Natura non facit saltus” Natureza dá saltos – “Facit saltus”

O mundo tal como é O mundo tal como se transforma

O homem como deve ser O que é imperativo que ele faça

Seus impulsos Seus motivos

O pensamento determina o ser O ser social determina o pensamento

Sentimento Razão

TEATRO INVISÍVEL

Termo de Augusto Boal (1931-2009) que define um jogo improvisado do ator no meio de um grupo de pessoas que devem ignorar, até o fim, que fazem parte de um jogo, para não voltarem a ser espectadores.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

TEATRO POBRE

Termo criado por Jerzy Grotowski (1933-1999) para qualificar o seu estilo de encenação em que se economiza em recursos cénicos (cenários, figurinos, etc.) e se preenche esse vazio por uma atuação de grande intensidade.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

TEATRO TOTAL

Representação que procura usar todos os recursos artísticos disponíveis para produzir um espetáculo que apele a todos os sentidos e crie a impressão de totalidade e de uma riqueza de significações que subjugue o público.

[OFICINA DE TEATRO. Dicionário Teatral. [consult. 11 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://oficinadeteatro.com/conteudotextos-pecas-etc/dicionario-teatral]

TEIA

Gradeamento de madeira ou metal, dividido em carreiras transversais, que sustentam o urdimento. O conjunto de urdimento de uma caixa de teatro; grelha.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 262]

TEMA

A ideia central de uma peça teatral. O tema é a base da unidade sobre a qual o texto teatral repousa.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 263]

TEMPO

Determinação da velocidade na qual devem ser executadas as várias etapas do espetáculo; ritmo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 263]

TRAGÉDIA

Tragédia (do grego antigo &#964;&#961;&#945;&#947;&#8179;&#948;&#943;&#945;, composto de &#964;&#961;&#940;&#947;&#959;&#962;, “cabra” e &#8096;&#948;&#942;, “música”) é uma forma de drama que se caracteriza pela sua seriedade, dignidade e frequentemente os deuses, o destino ou a sociedade.

A sua origem não é clara, mas deriva certamente da rica poética e tradição religiosa da Grécia Antiga. As suas raízes podem encontrar-se nos ditirambos, os cantos e danças em honra do deus grego Dionísio (conhecido entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas apresentações etilizadas e extáticas foram criadas pelos sátiros, seres meio bodes que cercavam Dionísio em suas orgias, e as palavras gregas &#964;&#961;&#940;&#947;&#959;&#962;, tragos, (bode) e &#8096;&#948;&#942;, odé, (canto) foram combinadas na palavra “tragosoiodé” (algo como “canções dos bodes”), da qual a palavra tragédia deriva.

Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) teorizou que a tragédia resulta numa catarse da audiência, o que explicaria o motivo dos humanos apreciarem assistir ao sofrimento dramatizado. Entretanto, nem todas as peças que são largamente reconhecidas como tragédias resultam neste tipo de final catártico – algumas têm finais neutros ou mesmo dubiamente felizes. Determinar exatamente o que constitui uma tragédia é um assunto frequentemente debatido. Alguns sustentam que qualquer história com um final triste é uma tragédia, enquanto outros exigem que a história preencha um conjunto de requisitos (em geral baseados em Aristóteles) para ser considerada uma tragédia.

Aristóteles descreve a tragédia como imitação de uma ação completa e elevada, com uma linguagem que tem ritmo, harmonia e canto. Afirma que as suas partes constituem-se de passagens em versos recitados e cantados, e nela atuam os personagens diretamente, não havendo relato indireto. Por isso é chamada (assim como a comédia) de drama. A sua função é provocar por meio da compaixão e do temor a expurgação ou purificação dos sentimentos (catarse).

A tragédia clássica deve cumprir, ainda, segundo Aristóteles, três condições: possuir personagens de elevada condição (heróis, reis, deuses), ser contada numa linguagem elevada e digna e ter um final triste, com a destruição ou loucura de um ou vários personagens sacrificados por seu orgulho ao tentarem rebelar-se contra as forças do destino.

Aristóteles divide a tragédia em prólogo, episódio e êxodo. Segundo ele, a parte do coro divide-se em pároclo e estásimo. A ordem seria o prólogo precedendo o pároclo (primeira entrada do coro), seguido de cinco episódios alternados com os estásimos e a conclusão com o êxodo, a intervenção final do coro, que não era cantada.

Apesar da abundante produção na antiguidade, a maior parte das tragédias gregas não sobreviveu até os nossos dias.

[WIKIPÉDIA. Tragédia. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tragédia]

TRAGICOMÉDIA

Subgénero teatral que alterna ou mistura comédia, tragédia, farsa, melodrama, etc.

Plauto (254 a.C. - 184 a.C.) foi o único autor antigo a empregar o termo “tragicomédia” definindo-o como um género híbrido de comédia e tragédia, por ser uma comédia que tem como personagens alguns deuses, personagens típicos de uma tragédia. Nas palavras do personagem Mercúrio, no prólogo de sua peça “Amphitruo”:

“O que é isso? Vocês franziram a testa porque eu disse que ia ser uma tragédia? Sou um deus, e posso mudá-la; se vocês quiserem farei da tragédia uma comédia, com os mesmos versos, todos eles. Querem que seja assim ou não? Mas que bobo que eu sou! Como se eu não soubesse o que vocês querem, eu que sou um deus! Sei o que existe na cabeça de vocês a respeito disso. Vou fazer com que seja uma peça mista: com que seja uma tragicomédia porque não acho certo que seja uma comédia uma peça em que aparecem reis e deuses. O que vou fazer, então? Como também um escravo toma parte nela farei que seja, como já disse, uma trágico comédia." (PLAUTO, “Amphitryon”, 52-63).

Essa mistura ou alternância de estilos ocorre em várias peças gregas e romanas, como o “Alceste” de Eurípides (c. 485 a.C. - 406 a.C.), que, em razão do seu “final feliz” e pelo tom levemente humorístico de algumas passagens, é vista por alguns eruditos como um drama satírico ou uma tragicomédia, mais do que como uma tragédia.

Esta mistura de géneros também foi adotada durante o Renascimento inglês, pelo teatro elisabetano. Algumas peças de Shakespeare (1564-1616), como “A Tempestade” e “O Rei Lear”, têm muito de tragicomédia, sendo que a ironia e a comicidade contribuem para a maior riqueza de significados do texto.

Em França, o termo foi introduzido pelo dramaturgo Robert Garnier (1545-1590). Entre os clássicos franceses do século XVII (Molière, Corneille, Racine) a tragicomédia designava uma historia trágica com um desfecho feliz.

[WIKIPÉDIA. Tragicomédia. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tragicomédia]

TRAMA

O conjunto de intrigas que forma o enredo; intriga.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 269]

U

URDIMENTO

Conjunto de cordas, panos, telões, varas, etc., suspensos da teia, delimitado entre a boca de cena e a teia.

Todo o espaço que vai do alto da boca de cena para cima, invisível para a plateia e fartamente equipado, para uso variado dos técnicos na realização de um espetáculo.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 273]

V

VARA

Barra de metal ou madeira, suspensa da teia por cordas ou cabos manobráveis, de modo a permitir regular a altura para a montagem do urdimento e/ou para movimentos de cortinas, telões, etc.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 275]

VAUDEVILLE

Vaudeville foi um género de entretenimento de variedades predominante nos Estados Unidos da América e Canadá entre 1880 e 1930. Desenvolvendo-se em salas de concerto, apresentações de cantores populares, “circos de horror”, museus baratos e literatura burlesca, o vaudeville tornou-se num dos mais populares tipos de entretenimento nos Estados Unidos. A cada anoitecer, uma série de números era levada ao palco, sem nenhum relacionamento direto entre si. Entre outros, músicos (tanto clássicos quanto populares), dançarinos, comediantes, animais treinados, mágicos, imitadores de ambos os sexos, acrobatas, peças em um único ato ou cenas de peças, atletas, palestras dadas por celebridades, cantores de rua e curtas metragens.

Em França, o vaudeville foi um género de poesia e composição dramática muito popular.

[WIKIPÉDIA. Vaudeville. [consult. 15 mar. 2015]. Disponível em WWW: <URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaudeville]

VOZ

Diz-se quando os atores falam num volume de voz que é audível em todo o auditório desde a primeira à última fila, sem precisar de gritar, sem cansar a voz e sem aparentar esforço. É uma técnica que se adquire com formação específica (aulas de voz). A projeção de voz será tanto mais perfeita quando permitir, num “tom projetado”, dizer textos mais intimistas sem que o volume de voz prejudique a intenção e características do texto.

[TEIXEIRA, U. (2005) “Dicionário de Teatro”. Brasil, S. Luís: Instituto Geia. p 280]

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http://educacaoartistica.dge.mec.pt/teatro-glossario.html

J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 21/07/2020
Reeditado em 07/08/2020
Código do texto: T7012433
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