Vale das confusões
Quem vale-se da existência? Efêmera, por natureza. Quem, entre todos os homens, pode dizer: eu encontrei o significado?
Oh! vale das dúvidas, por mais que eu encontre outros caminhos, por mais que deleite-me em outros espaços, ainda acabo aqui, outra vez, no princípio das confusões... O que direi à minha mente, quando descobrir que não achei a resposta?
Que eu não espante os homens por minha incredulidade, pois acho que não sou tolo em pensar o que não sei, assim como não atrevo-me a pensar que isso me torna melhor que alguém...
O que prometeu-me o racionalismo em sua subversão da razão? O que prometeu-me o empirismo ao valorizar somente à experiência? Os meus sentidos enganam-me, bem como os meus pensamentos...
Agora sei que não cheguei à conclusão nenhuma, mas, ainda assim, chegue à uma conclusão: que tornei àquele vale; o vale das confusões.