O cérebro, a única coisa que existe
Cerca de uma semana de estudo intensivo, cerca de dois anos estudando em media 12h horas por dia, antes disso, muitos documentários (rsrs), depois muitos vídeos e livros e o que me sobra de tudo isso, parece ser apenas uma introspecção infrutífera. Eu escrevo nesse papel app, a mão que me faz doce ou a boca que não fala? Eu me entrego na escrita e eu como as letras todos os dias, eu venho falando o que penso e o que penso não me passa mais tanta confiança, as vezes é tão criativamente ligado, que parece tão simples, e eu me pergunto se a verdade se fez ou se faz. Todos os despóticos de paixão amam a si mesmo. Na introspecção de uma vida inacabada e que me parece tão linda, por que as almas assombradas? Por que os gritos de uma alma? Inveja, insatisfação consigo, todos falaram o que eu era, mas nenhum me falou o que queria ser. Perdi o sonho de voar sem asas, pois a escrita já me compõe. Sei que a atração diretamente proporcionais dos corpos e inversamente proporcionais ao quadrado de suas distâncias se dar pela curvatura de um "tecido" chamado espaço-tempo, o espaço já não é mais nada, ou o nada já é algo. Vejo que as ideias que compõem o homem não são só mais "inutilidades" poéticas, são razões e abstrações de várias mentes em uma. A ciência se tornou a maior ferramenta do homem para o alcance da "sabedoria divina", a pedra filosofal, a verdade. O Santo graal da ciência já não é mais transformar o chumbo em ouro, pois o átomo de urânio decai através de fissão em criptônio e Bário, liberando neutros, raios gamas e uma grande quantidade de energia, pois massa pode ser tido como energia. Em uma linguagem simples e poética te ensino a harmonia da vida, a física, com respeito a todas as ciências, ao meu ver, a ciência mais bela, mas deixando minha amante de lado e ignorando meu hiperfoco, eu te digo, no campo de Higgs, na equação de Campos de Einstein, no campo eletromagnético de Maxwell, todas são abstrações descritas em uma linda harmonia, como em uma partitura, as notas e acordes da ciência, a matemática. Nada nelas está escondido, tudo está visível para nós, mas ainda assim, não deixa de ser linda. Um músico conhecendo todo o processo de criação de uma música não a deixa de admirar, pelo o contrário, se deleita ainda mais com as sutilezas de uma mente criativa contemplando outra. Uma mente que conhece a beleza que há em uma derivada e integral, não é mais a mesma, um exemplo simples e singelo. Todos os criadores se deleitam com suas criaturas, mas nenhuma das criaturas se deleitam em não conhecer o seu criador. Os objetos tem pena dos homens, pois os veem como sapos, se mantém acordado a noite perto de um riacho, comem, comem sem parar, pulam, pulam sem parar, mas não conseguem chegar a lugar nenhum. Em suas reflexões existências, a conclusão são sempre as duas, viva ou morra, parece tão óbvio, que até deus brincou de sábio e disse, acredite ou morra. Mas brincadeiras a parte, a filosofia não é tão simples, se trata de reflexões que não são costumeiras, se tratam de abstrações do cotidiano e para além do tempo, a metafísica. Pensar em conceitos e ideias expressa em um dígito ou um termo é uma boa ideia, mas as ideias são de quem, se não tuas? Mas o que são ideias? Parece viaje de mais pensar nisso, bem... A filosofia surgiu com a necessidade insaciável do homem de pensar e buscar respostas e as abstrações foi intensivamente usada como produto de uma mente humana para explicar fenômenos que pareciam tão distantes, mas se faz necessário com a ferramenta que ela nos disponibilizou, a ciência? Bem... Penso que qualquer tentativa do homem de alcançar algo inteligível, se parte de uma ausência, o do saber. Toda tentativa para alcançar o desconhecido usando o não tão bem conhecido, mas que de início apresentam a mesma instância, me parece ser intrigante, mas não tão inteligente. Toda busca parte de uma ausência e toda ausência é burra. Por isso me parece ser tão fútil a ideia de um Deus que se encontra em verossimilhança na abstração de um cérebro, até a divisão de cérebro e mente me parece inteiramente conceitual, que por enquanto é necessária. Assim continuo escrevendo, me esvaziando nessas folhas app, dias e noites sem dormir (só umas três vezes), livros e livros, pensamentos e pensamentos (isso é verdade), mas me parece que quando se trata de raciocínio rápido quem entra em jogo é o termo conceitual, inconsciente, como estou fazendo agora, ou quando leio um livro com os olhos deslizando em uma superfície lisa sem atrito, e todas as energias se transformando uma na outra, a mecânica na cinética, e a cinética em uma ideia. Somos co criadores de uma realidade, a nossa, e o que me parece ser mais uma vez? Um cérebro, ou melhor, o cérebro... A única coisa que existe.
Criado:19/01/2020