Ideal

Um grito que a alma abafa

sem ter para onde correr

sem ter a quem pedir ajuda

sem ter onde se esconder

A espera de piores dias para o coração magoado

A alma ferida e o peito ofegante

Angustia,medo e dor!

Sozinha e com a pupila dilatada

com sementes secando ao sol

o invisível é o que resta

visivelmente com passos lentos

chega o cansaço das horas

chega o clamor dos dias

É chegada a hora de partir depois de tantas despedidas

Sempre voltando

sempre doando

sempre perdoando

sempre apelando

sempre se matando

Não mais posso manter vivo o que já morreu,

Esmeralda V
Enviado por Esmeralda V em 27/04/2020
Reeditado em 27/04/2020
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