Em Tempos de Confinamento XXIV - Qual Nosso Lugar?
Em algum momento emerge a compreensão que não se tem mais o antigo cotidiano banal.
Faltam, por exemplo, os antigos prestadores de serviços que faziam confortável a vivência diária. Quem fazia a comida, eventualmente não mais se faz presente. O lavar da roupa agora é contigo mesmo. Varres a casa para não pisares na sujeira.
Há os que olhem a situação como uma fase passageira, aguardando a solução científica para a retorno ao velho conhecido modo de viver, onde já se sabe bem como campear.
Há os que enxerguem a transformação, a propedêutica de um movimento introdutório para um outro sistema, uma outra ordenação de elementos e princípios relacionados e conjugados entre si, a um outro corpo explicativo da realidade.
Há os que pensam não se enganar naquilo que julgam saber com absoluta perfeição e há os que se questionam: o que somos? Qual o nosso verdadeiro lugar nessa grande cadeia do ser?
Cada um faz o melhor que pode, não é assim?
E isso é tudo.