É boa a pedagogia do Paulo Freire?
Em defesa de Paulo Freire, os paulofreirianos dizem que a obra dele é estudada, em bilhões de universidades mundo afora (e destacam as americanas), por trilhões de intelectuais, e que ele foi reconhecido, por milhões de instituições mundiais dedicadas à educação (e destacam as patrocinadas pela ONU), como um dos mais importantes pedagogos de todos os tempos. No meu entender, tais argumentos, falaciosos, não provam que Paulo Freire era um pedagogo de primeira linha e que a sua pedagogia é uma das sete maravilhas do universo. O que seria necessário, então, para se provar o inestimável valor de Paulo Freire e o de sua obra pedagógica? Ora, diz a lenda que a pedagogia de Paulo Freire foi implementada em centenas de milhões de escolas em sabe-se lá quantos milhares de planetas - se é só lenda, não sei, mas tomo tal afirmação como confiável. E sabe-se, também, que bilhões de escolas não implementaram a pedagogia paulofreiriana. Havendo, portanto, escolas que utilizam o método Paulo Freire e escolas que não o utilizam, é possível comparar o desempenho dos alunos daquelas com o dos alunos destas e assim, com o resultado de tal pesquisa, conhecer as escolas que têm os alunos com a melhor formação. Um outro exercício, que, acredito, é mais facilmente realizável, que pode ser posto em prática para se saber se é a pedagogia de Paulo Freire um feito respeitável resume-se em selecionar as cem, ou as duzentas, ou as quinhentas, ou as mil, que seja, melhores escolas do mundo, e apontar quais métodos pedagógicos elas empregam. Se dentre elas houver um bom número de escolas que usam o paulofreiriano, fica provado que o de Paulo Freire merece consideração; caso nenhuma delas o empregue, então ele não deve valer muita coisa, afinal, centenas de milhões de escolas, em milhares de planetas, o usam.