ESPERANÇA!

O pensamento na natureza e na criação é fundado primariamente em antropologia, e complementado em filosofia, psicologia e sociologia, pois, nossa constituição como pessoas não se origina apenas de nossa estrutura genética.

O nível macro da psicologia evolutiva e o nível micro da neurociência eliminaram o livre arbítrio, pois, na sociedade contemporânea, o nível macro da cultura parece assumir fidelidade no nível micro abrindo espaço para as redes sociais e sua ligação com a sociologia atual fortalecendo as pessoas de uma maneira instantânea, coletiva e espontânea, num interacionismo simbólico concentrado nas relações entre os indivíduos na sociedade conscientizando-os de seu mundo social dentro de um conceito de alteridade, na perspectiva de não se restringirem a um papel passivo na resposta a fases regulares inevitáveis e mudanças na cultura material, num mundo de realidades econômicas divergentes, austeridade orçamentária, crescimento estagnado, desemprego persistente e a desigualdade de renda em meio a registros de lucros corporativos e uma crescente concentração de riqueza.

Em nossas mentes limitadas, transitórias e longe de serem nobres, o infortúnio social revela seus verdadeiros aliados na destrutividade do desapossado, na negação do incompreendido e no insulto da inveja associados à nossa memória deficiente para recordar detalhes numa circunstância distinta daquela em que foram acomodados, tornando árduo lembrar e difícil de aplicar no mundo real o que aprendemos antes, devido à nossa tendência em lembrar evidências consistentes com nossas convicções, em lugar de dissentir delas, tornando improvável que a sociedade venha a assumir o controle do processo histórico e se libertar da injustiça.

Entretanto, para desencorajar e, possivelmente, controlar a desigualdade social, mudanças devem ser estimuladas. A postulação de que os poderosos têm fraquezas, também se aplica ao desafio no cotidiano contra o cenário de desigualdade social e econômica, ao que parece, ostensivamente incuráveis.

O mundo passa por mudanças disruptivas não tanto quando as normas acrescentam novos conceitos ao conjunto de regras já estabelecidas, mas quando tira princípios antigos da decência, pois, o conjunto de intuições que estão conosco desde o nascimento define nossos preconceitos em torno da experiência, que nos pareciam adequados aos domínios socioculturais que nos regem, através dos quais podemos descrever as alterações dos fenômenos cotidianos nos motivando a renovar nosso olhar sobre nossas intuições profundas, para entender a casualidade procedente dos eventos, não simplesmente a característica subjacente da realidade que incorporamos ao nosso entendimento inato de como as coisas devem ser, pois, quando estamos na direção errada, progresso significa andar para trás.

Contudo, o nosso esforço num mundo atual gradualmente sob influência humana, ciclos, eventos inesperados, é válido para um dia alcançarmos e mantermos um progresso mediado pelo equilíbrio na eventual confrontação de pessoas ou comunidades com deliberações consequentes acompanhadas de incerteza substancial e desentendimento polarizador, quando a nossa autoestima e conhecimento coletivo conjunto poderá auxiliar nos ajustes e causar transformações.

A mente desenvolvida acredita que existe um começo para a vida e que esse começo deve ter uma causa única, seja o propósito inteligente ou a evolução, que deu origem à complexidade organizacional dos seres e das coisas, deixando uma margem de possibilidade para a causalidade ter guiado a evolução da vida após sua procedência inicial.

A sociedade deve se comportar como uma comunidade, seja local ou globalmente, não apenas a soma de partes, assim, desvalidando grande parcela da causalidade, porque o comportamento coletivo é distribuído numa composição culturalmente preconcebida no espaço e no tempo simultâneo que, tende à impressão de termos perdido o nosso compartimentado livre arbítrio.

A ignorância castiga a nossa vida na experiência consciente causando-nos sofrimento, porque não sabemos o que, quando, como, quem e o porquê de nós e das coisas, principalmente quando não buscamos o bom aprendizado. Pois, a existência é uma experiência com colheitas antecipadas e percebidas àqueles que enxergam sua estância e impermanência, e são consequentes em doação e gratidão.

Porém, apesar de quanto mais sofisticados sejamos e mais anotada seja nossa vida mental, a ausência de claridade moral não nos auxilia a resolver um problema a partir de pistas espalhadas.

Vivemos atrás do rápido, o lucrativo, o imediato, o prazeroso e o belo. Mas com o prazer inadequado vem a sedução, e com satisfação vem a sedução com o prestígio, a influência e a glória personificando os seres e as coisas. Para vermos o que estamos perdendo, deveríamos nos distanciar da ostensividade, recuar por um momento e pensar sobre o que realmente é a moralidade. Mas, o seguimento da humanidade espiritualmente cega e distanciada de Deus, continuará mentindo para si mesmo.

Entretanto, o progresso equilibrado do ser humano é um desafio profundo, mas com um roteiro de experiências claro por trás dos exemplos.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 24/01/2020
Código do texto: T6849577
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